Os membros das forças especiais, dos serviços de informação e das unidades de contraterrorismo estarão encarregues de "localizar e neutralizar o grupo criminoso que cobardemente atacou" os militares equatorianos na floresta amazónica, revelou o ministério da Defesa, através da rede social X.
"Vamos com tudo! Esta guerra contra estes bandidos vai intensificar-se", garantiu na mesma nota.
Membros do grupo "Comandos de Fronteira" emboscaram na sexta-feira um esquadrão do exército na província oriental de Orellana, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru.
É um dos grupos que surgiram das antigas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que rejeitaram o acordo de paz assinado por estas em 2016 e se recusaram a depor as armas, continuando com as suas atividades criminosas, incluindo o tráfico de droga e a mineração ilegal.
Um militar ficou também ferido e um guerrilheiro foi morto, segundo o exército, que o identificou como "responsável pelo controlo das atividades mineiras ilícitas no país, bem como pela cobrança de extorsão" aos mineiros que operavam na região.
O Presidente equatoriano Daniel Noboa, que prometeu "encontrar os responsáveis" e eliminá-los, tinha declarado um período de luto de três dias, que terminou na noite de segunda-feira.
Segundo várias organizações não-governamentais (ONG), a mineração ilegal na bacia do rio Punino (leste) quadruplicou em 2024, quando foi denunciada a presença deste dissidente colombiano ex-FARC.
O Exército colombiano anunciou este fim de semana que está "em alerta máximo" na fronteira e que vai apoiar "as buscas" por criminosos.
Os "Comandos da Fronteira" estão envolvidos em negociações de paz com o Presidente colombiano Gustavo Petro, que fez da resolução do conflito de mais de 60 anos com grupos armados um dos principais objetivos do seu mandato.
O comandante desta dissidência, Andrés Rojas, conhecido por "Araña", foi capturado em fevereiro, à margem das negociações. Um tribunal norte-americano está a solicitar a sua extradição para que possa enfrentar acusações de tráfico de droga, de acordo com os procuradores colombianos.
A violência ligada à mineração ilegal e ao tráfico de droga está a agravar-se na Colômbia, no Equador e no Peru, um triângulo importante na produção e no transporte de cocaína para os Estados Unidos e para a Europa.
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