"[O apoio] totaliza um investimento superior a sete milhões de meticais (97,3 mil euros)", disse Sérgio Paude, representante da empresa indiana Vulcan, indicou o Conselho Executivo Provincial de Zambézia, em comunicado.
O donativo, para o apoio a 30 mil afetados pelo Jude, foi mobilizado pela primeira-dama moçambicana, Gueta Chapo, e é composto por 50 toneladas de arroz e farinha de milho, 45 mil litros de óleo de cozinha, 10 toneladas de sal, além de produtos de higiene feminina e calçado, entre outros, de acordo com a mesma nota.
O ciclone Jude, o mais recente a afetar o país, entrou em Moçambique em 10 de março, através do distrito de Mossuril, província de Nampula, causando pelo menos 43 mortos, dos quais 41 em Nampula. A tempestade afetou ainda Tete, Manica e Zambézia, no centro, e Niassa e Cabo Delgado, no norte.
A última atualização do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) apontava para pelo menos 384.877 afetados.
Paude reafirmou ainda o compromisso da empresa, que explora carvão no distrito de Moatize, na província de Tete (centro), "com ações de responsabilidade social".
Moçambique ultrapassou recentemente a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril, período em que, além do Jude, registou ainda os ciclones Chido, em 14 de dezembro, e Dikeledi, em 13 de janeiro, que causaram 313 mortos e deixaram um rasto de destruição.
O país é considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa.
A empresa privada indiana Vulcan faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), e antes já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, também na região de Tete.
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