"Não iremos diminuir a escalada" do conflito com Nova Deli, afirmou o porta-voz do exército paquistanês, Ahmed Chaudhry, explicando que o país e a população paquistaneses estão em risco.
"Com o que nos fizeram, precisamos de ripostar. Por enquanto, protegemo-nos, mas eles terão a resposta na altura que acharmos melhor", disse o porta-voz militar.
A comunidade internacional continua a pedir moderação ao Paquistão e à Índia, dois países que têm armas nucleares e que se envolveram, nos últimos dias, no confronto mais intenso das últimas duas décadas.
Já hoje de manhã, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Islamabad tinha acusado a Índia de ter "um comportamento irresponsável" e de "empurrar dois Estados com armas nucleares" para "um conflito de grandes proporções".
"A histeria de guerra da Índia devia ser uma fonte de grande preocupação para o mundo. O comportamento irresponsável da Índia aproximou dois Estados com armas nucleares de um conflito de grandes proporções", alertou Shafqat Ali Khan.
O novo conflito começou a 22 de abril, na sequência de um atentado em Pahalgam, uma cidade turística na parte indiana da região disputada de Caxemira, no qual morreram 26 pessoas.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar o grupo extremista que responsabilizou pelo ataque, uma acusação que Islamabad negou veementemente.
Depois de várias medidas diplomáticas e uma série de incidentes ao longo da fronteira que separa os dois países em Caxemira, Nova Deli lançou, na terça-feira à noite, ataques contra três zonas do Paquistão, que, segundo o Governo indiano, constituíam "locais terroristas", na província de Punjab.
Poucas horas depois, o Governo paquistanês anunciou ter abatido vários aviões militares indianos e, na quarta-feira de manhã, uma sequência de bombardeamentos realizados por Islamabad e Nova Deli provocou pelo menos 38 mortos, no maior confronto dos últimos 20 anos.
Os combates têm-se mantido e intensificado ao longo dos dias, apesar dos pedidos de contenção militar da comunidade internacional e de o Irão se ter oferecido para mediar conversações entre os dois países vizinhos.
Os dois países, que reivindicam a totalidade da região de Caxemira, têm estado em conflito desde a sua independência em relação ao Reino Unido, em 1947.
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