Aeroporto de Moscovo suspende operações devido a ataques de drones

O Aeroporto Internacional de Domodedovo, no sul da capital russa, suspendeu hoje temporariamente as suas operações devido aos persistentes ataques de drones ucranianos contra a região de Moscovo, informaram as autoridades aeronáuticas da Rússia.

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© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images

Lusa
07/05/2025 20:25 ‧ ontem por Lusa

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Rússia

"Restrições temporárias às chegadas e partidas de aeronaves foram estabelecidas a partir das 19:15, hora de Moscovo [17:15 em Lisboa]", revelou o porta-voz da agência aeronáutica Rosaviatsia, Artyom Koreniako, na rede Telegram, quando começaram a chegar à capital russa vários líderes estrangeiros para assistir aos 80 anos do Dia da Vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.

 

O presidente da câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, informou por seu lado e também no Telegram que pelo menos quatro drones foram abatidos perto da capital russa.

De acordo com testemunhas ouvidas pela agência EFE, foram ouvidas várias explosões perto do Aeroporto de Domodedovo depois de os drones terem sido abatidos.

As defesas aéreas russas abateram nove drones que se dirigiam para Moscovo na noite passada, segundo Sobyanin, que indicou a queda de mais dois na manhã de hoje.

Os aeroportos de Sheremetyevo, Vnukovo, Domodedovo e Zhukovsky, em Moscovo, indicaram que resolveram a situação de passageiros retidos nos terminais, depois de vários canais do Telegram terem publicado fotografias e vídeos de pessoas sentadas e deitadas nas zonas de espera.

Nos últimos dois dias, segundo a Rosaviatsia, foram desviados 186 voos para aeroportos de reserva.

Entre os nomes mais aguardados para as cerimónias que assinalam na sexta-feira o triunfo da União Soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, o Presidente chinês, Xi Jiping, chegou hoje ao aeroporto de Vnukovo, em Moscovo, onde deverá permanecer vários dias.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, também já se encontra em Moscovo, 15 anos após a sua última visita e a chegada do avião presidencial foi transmitida em direto pela televisão russa.

A Rússia confirmou na terça-feira a presença de 29 chefes de Estado e de governo na parada militar, entre os quais o primeiro-ministro eslovaco, o populista Robert Fico, que deste modo se distancia dos restantes parceiros da União Europeia.

Quase todos os líderes dos países ocidentais estarão ausentes, incluindo os Estados Unidos, sendo uma das exceções o Presidente sérvio, o nacionalista populista Aleksandar Vucic, que já aterrou em Moscovo, apesar dos avisos de Bruxelas de que os líderes dos países candidatos à União Europeia não deviam comparecer.

As perturbações nos aeroportos russos afetaram aliás Aleksandar Vucic, cujo avião teve de fazer uma paragem temporária no terminal internacional de Baku, no Azerbaijão, antes de continuar a sua viagem para Moscovo.

A alta-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, advertiu hoje que "todos aqueles que lutam pela paz" deveriam estar na Ucrânia, e não na Rússia, para celebrar o Dia da Europa, que também se assinala na sexta-feira.

"É claro que todos aqueles que lutam pela paz deveriam estar na Ucrânia, e não em Moscovo, no dia 9 de maio, Dia da Europa, onde celebramos a Europa, que é um projeto de paz", disse Kallas à chegada da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que decorre hoje em Varsóvia.

Kallas tem aliás prevista a presença na sexta-feira em Lviv, na Ucrânia ocidental, com uma delegação não especificada de ministros dos Negócios Estrangeiros e autoridades ucranianas.

No âmbito do Dia da Vitória, o líder do Kremlin, Vladimir Putin, anunciou uma trégua unilateral entre quinta-feira e sábado.

Esta proposta foi por sua vez recusada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que considera que um cessar-fogo de três dias é inútil e insistiu numa suspensão das hostilidades durante pelo menos 30 dias.

Zelensky disse ainda que a Ucrânia não pode garantir a segurança dos líderes estrangeiros convidados para as cerimónias do Dia da Vitória, na sexta-feira na capital russa, uma declaração recebida pelo Kremlin como uma ameaça.

Leia Também: Estónia proíbe uso do espaço aéreo para viagens destinadas à Rússia

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