Paquistão sobe para oito número de mortos após ataque da Índia

Os ataques da Índia com mísseis contra o Paquistão causaram pelo menos oito mortos, 35 feridos e dois desaparecidos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades paquistanesas, que responderam com ataques de artilharia contra território indiano.

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© Getty Images/Muhammed Ali/Anadolu

Lusa
07/05/2025 00:50 ‧ há 4 dias por Lusa

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Ataque

O porta-voz do Exército paquistanês, o tenente-general Ahmed Chaudhry, indicou, no mais recente balanço, que oito civis morreram em "24 ataques" do Exército indiano em "seis locais" no Paquistão.

 

A mesma fonte citada pela agência France-Presse (AFP) acrescentou que 35 paquistaneses também ficaram feridos e outros dois estão desaparecidos, detalhando que "uma menina de três anos" foi morta numa mesquita em Bahawalpur, no Punjab, no Paquistão.

Antes, o ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Asif, tinha reportado a morte de três civis, incluindo uma criança, após os ataques aéreos da Índia contra o Paquistão durante a madrugada de hoje (quarta-feira, hora local).

Ouviram-se grandes explosões nos arredores de Srinagar, a maior cidade de Caxemira administrada pela Índia, não muito longe do quartel-general do exército indiano na região, observaram os jornalistas da AFP.

Antes, ocorreram fortes explosões em pelo menos cinco zonas do Paquistão --- na Caxemira e no Punjab, que faz fronteira com a Índia.

A Índia disse que "atingiu a infraestrutura terrorista no Paquistão (...) a partir da qual foram organizados e direcionados os ataques terroristas contra a Índia".

Esta nova escalada entre os dois vizinhos, rivais desde a penosa divisão em 1947, foi desencadeada por um ataque que causou choque na Índia.

A 22 de abril, homens armados mataram a tiro 26 homens na Caxemira administrada pela Índia. Imediatamente após este ataque, que nunca foi reivindicado, Nova Deli acusou Islamabade. O Paquistão, no entanto, nega-o.

Mas a polícia indiana diz estar à procura de pelo menos dois cidadãos paquistaneses entre os atacantes e os seus cúmplices, e diz que estão ligados ao LeT, o movimento jihadista Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão, já suspeito dos ataques que mataram 166 pessoas em Bombaim em 2008.

Um dos locais visados durante a noite pelo exército indiano foi a Mesquita Subhan, em Bahawalpur, no Punjab paquistanês, que, de acordo com os serviços de informação indianos, está ligada a grupos próximos do LeT, principalmente o Jaish-e-Mohammed (JeM).

"O mundo não se pode dar ao luxo de um confronto militar" entre a Índia e o Paquistão, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres enquanto os dois vizinhos têm vindo constantemente a afirmar o seu "direito de se defender" há duas semanas.

Já o presidente norte-americano, Donald Trump, disse esperar que os confrontos entre a Índia e o Paquistão "terminem muito rapidamente".

O conselheiro de segurança nacional da Índia, Ajit Doval, informou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, logo após os ataques de Nova Deli ao Paquistão, adiantou na terça-feira a embaixada indiana em Washington.

O exército indiano, por sua vez, alegou que o Paquistão lançou fogo de artilharia sobre o seu território, acusando-o de "violar mais uma vez o acordo de cessar-fogo ao lançar fogo de artilharia nos setores de Bhimber Gali e Poonch-Rajauri" na Caxemira indiana.

Nova Deli frisou que "nenhuma instalação militar paquistanesa foi atacada", insistindo que está a demonstrar "considerável contenção".

Pouco antes dos ataques, Nova Deli tinha ameaçado "cortar a água" que irriga o Paquistão, em retaliação pelo ataque mortal de 22 de abril.

Nas últimas dez noites, soldados indianos e paquistaneses têm trocado tiros com armas de pequeno porte ao longo da fronteira que separa os seus países. Nenhuma vítima foi relatada até agora, de acordo com Nova Deli.

Leia Também: Índia informou os EUA após os seus ataques contra o Paquistão

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