Extrema-direita exige novas eleições na Alemanha após falhanço na eleição de Merz

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) exigiu hoje novas eleições legislativas no país, após o conservador Friedrich Merz não ter conseguido ser eleito chanceler na primeira ronda de votação no parlamento alemão.

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© Soren Stache - Pool/Getty Images

Lusa
06/05/2025 11:12 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Alemanha

"Estamos prontos para assumir a responsabilidade governamental. Merz deve renunciar imediatamente e o caminho deve ser aberto para novas eleições no nosso país", declarou a co-líder da AfD, Alice Weidel, na rede social X.

 

Alice Weidel afirmou ainda que Merz é o primeiro candidato a chanceler da República Federal da Alemanha a ser rejeitado na primeira ronda de votação no parlamento, acrescentando que isto mostra "a base fraca sobre a qual foi construída a pequena coligação entre a CDU/CSU e o SPD (sociais-democratas), que foi derrotada pelos cidadãos".

Na semana passada, o serviço de informação interno da Alemanha classificou o AfD -- que ficou em segundo lugar nas eleições parlamentares de 23 de fevereiro - como uma organização de "extremismo de direita", tornando o partido passível de uma vigilância maior e mais ampla pelas autoridades do país.

O líder conservador, Friedrich Merz, falhou hoje a maioria necessária na primeira volta da eleição para chanceler, com a sessão no Bundestag a ser interrompida.

Na votação secreta realizada no Bundestag (parlamento), o líder da União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão) obteve 310 votos a favor, menos seis do que a maioria necessária de 316, levando à suspensão da sessão.

Merz está hoje no parlamento alemão para tomar posse como 10.º chanceler pós-Segunda Guerra Mundial, depois de ter alcançado um acordo de coligação com os sociais-democratas do SPD.

Os partidos da coligação CDU/CSU e SPD têm um total de 328 lugares no Parlamento. Os grupos parlamentares estão a discutir a situação atual.

O líder da CDU, de 69 anos, que deveria suceder a Olaf Scholz, prometeu dar prioridade à unidade e à segurança europeia face às ameaças da nova administração norte-americana de Donald Trump e à guerra em curso na Ucrânia, após a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Internamente, Merz quer promover ideias como a redução dos impostos sobre as empresas para renovar o modelo económico alemão, o que poderá ser bloqueado pelo parceiro de coligação, o Partido Social-Democrata (SPD).

As políticas de imigração deverão ser um dos focos de Merz, com um agravamento e rejeição dos requerentes de asilo sem documentos nas fronteiras do país, apesar de a Comissão Europeia já ter salientado a necessidade de uma abordagem coletiva e unificada sobre migração.

Leia Também: Friedrich Merz sem maioria no parlamento alemão para tomar posse

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