O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou ter um plano "intenso" para passar a controlar toda a Faixa de Gaza. Para já, revelou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) vão permanecer no local por um "período de tempo indeterminado" e que o plano inclui a "distribuição de ajuda", apesar de, neste momento, o abastecimento humanitário não estar a ser permitido.
Como parte do plano, segundo Netanyahu, citado pela Sky News, a população civil da Faixa de Gaza será deslocada para sul, com o objetivo de evitar que a ajuda humanitária caia nas mãos do Hamas.
Já esta segunda-feira, o grupo islamita palestiniano acusou Israel de usar a ajuda humanitária como meio de "chantagem política" e de ser responsável pela "deterioração da catástrofe humanitária" em Gaza.
No domingo, as agências da ONU e organizações não-governamentais (ONG) que trabalham na Faixa de Gaza tinham rejeitado o plano de ajuda humanitária norte-americano e de Israel, alegando que "viola os princípios humanitários fundamentais" e deixará muita gente sem ajuda.
Este plano para uma nova ofensiva foi aprovado, esta segunda-feira de manhã, pelos ministros israelitas, depois de também ter sido anunciada a convocação, para combate, de dezenas de milhares de soldados que estão na reserva.
Benjamin Netanyahu ainda não conseguiu, até agora, o objetivo de destruir o Hamas e levar de volta para Israel todos os reféns capturados, apesar de mais de um ano de guerra na Faixa de Gaza.
As organizações internacionais de ajuda humanitária dizem que estão a ficar sem nada na Faixa de Gaza, devastada pela guerra entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel.
Antes do cessar-fogo, a entrada de ajuda era significativamente limitada: a agência da ONU para refugiados palestinianos (UNRWA) registou o acesso de cerca de 92 camiões por dia em Gaza em novembro de 2024, enquanto antes da guerra era de cerca de 500, o que já era considerado insuficiente.
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