ONU denuncia "punição coletiva" em Gaza com bloqueio israelita

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente acusou hoje Israel de "punição coletiva" dos palestinianos de Gaza após dois meses de bloqueio à entrada de ajuda humanitária.

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© Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images

Lusa
02/05/2025 10:46 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O dia de hoje marca dois meses de cerco contra o povo de Gaza", assinalou a agência conhecida pela sigla em inglês UNRWA, cujo comissário-geral, Philippe Lazzarini, apelou a Israel para "levantar o cerco".

 

Lazzarini escreveu nas redes sociais que o cerco é "contra as crianças, as mulheres, os idosos e os homens civis", segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

"São coletivamente punidos por terem nascido e viverem em Gaza, algo que não depende deles", lamentou.

O chefe da UNRWA disse que Israel tem de levantar o cerco e permitir a entrada de fornecimentos básicos.

Advertiu que "a cada dia que passa, o cerco mata silenciosamente mais crianças e mulheres, para além das que são mortas pelos bombardeamentos israelitas" no enclave.

Gaza é alvo de uma ofensiva israelita desde o ataque do grupo extremista palestiniano Hamas contra Israel de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, 59 dos quais continuam em cativeiro.

A retaliação israelita provocou mais de 52.400 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do território governado desde 2007 pelo Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

"É tempo de mostrar que não perdemos totalmente a nossa humanidade", disse Lazzarini, que defendeu também que os reféns israelitas ainda detidos em Gaza "devem ser libertados".

Numa outra mensagem sobre os dois meses de bloqueio israelita, a agência da ONU disse que as provisões alimentares estão a escassear e que a ajuda continua bloqueada fora de Gaza, pronta a ser transportada.

"A UNRWA e os seus parceiros têm ajuda vital à espera nas fronteiras", reiterou, defendendo que os pontos de passagem devem reabrir.

"A população de Gaza não pode esperar mais", acrescentou.

As autoridades israelitas bloquearam a entrada de ajuda na Faixa de Gaza em 02 de março e romperam o cessar-fogo de janeiro com o Hamas em 18 de março, quando reativaram a ofensiva militar contra o enclave.

Desde então, os bombardeamentos causaram mais de 2.300 mortos e 6.000 feridos, segundo as autoridades do Hamas.

Leia Também: "Ameaça". EUA levantam dúvidas sobre imparcialidade de agência da ONU

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