"Ameaça". EUA levantam dúvidas sobre imparcialidade de agência da ONU

Os Estados Unidos questionaram hoje a imparcialidade da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), durante uma audiência no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ).

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images

Lusa
30/04/2025 10:35 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

UNRWA

"A imparcialidade da UNRWA está sob séria ameaça devido às informações sobre o [grupo islamita palestiniano] Hamas ter utilizado as instalações da UNRWA e que o pessoal [da agência da ONU ]participou no ataque terrorista de 07 de outubro contra Israel", disse Josh Simmons, da equipa jurídica do Departamento de Estado norte-americano.

 

O TIJ, localizado em Haia, nos Países Baixos, abriu na segunda-feira as audições sobre as obrigações humanitárias de Israel com os palestinianos -- a pedido das Nações Unidas, que pediu um parecer consultivo ao tribunal -, após mais de 50 dias de um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Israel não está a participar nas audiências do TIJ.

Simmons disse aos juízes do tribunal internacional que Israel tem "inúmeros motivos" para questionar a imparcialidade da UNRWA.

"É evidente que Israel não tem qualquer obrigação de permitir que a UNRWA preste assistência humanitária", afirmou, acrescentando que a agência da ONU não era a única opção para a ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Israel promulgou uma lei que proibia a UNRWA de operar em solo israelita, depois de acusar alguns membros da equipa de participarem nos ataques do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que deu início a guerra na Faixa de Gaza.

Investigações independentes indicam que Israel não forneceu provas sobre estas alegações sobre a UNRWA.

Na segunda-feira, o representante do Estado da Palestina disse ao tribunal que Israel estava a usar o bloqueio da ajuda humanitária como "arma de guerra" em Gaza.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do grupo islamita palestiniano Hamas ao território de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

A resposta israelita provocou mais de 51.000 mortos em Gaza, bem como a destruição de uma parte significativa das infraestruturas do território palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

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