Em outubro, o Ministério Público ordenou a detenção do líder indígena de 65 anos, que é candidato a um quarto mandato à frente do país andino nas eleições presidenciais de 17 de agosto.
Evo Morales refugiou-se então no reduto de Chapare, no centro do país, onde a polícia nunca interveio para o prender.
A decisão da juíza Lilian Moreno, divulgada pela defesa, estabeleceu que "todas as ordens de rebelião e mandados de captura judicial [contra Morales] são canceladas".
As razões invocadas pela juíza para anular o mandado de captura ainda não são conhecidas.
Primeiro chefe de Estado boliviano de origem indígena, Evo Morales, é acusado de tráfico de uma menor devido a um suposto acordo feito com os pais.
A Procuradoria afirmou que em 2015 Morales teve um relacionamento com uma jovem de 15 anos, da qual nasceu uma filha, um ano depois, com o consentimento dos pais em troca de benefícios.
O antigo dirigente (2006-2019) sempre rejeitou estas acusações e lembrou que um inquérito sobre os mesmos alegados factos foi arquivado em 2020.
Disse ser vítima de "perseguição judicial" por parte do Governo do Presidente Luis Arce, antigo ministro da Economia na equipa de Morales.
Evo Morales quer regressar ao poder apesar de uma decisão do Tribunal Constitucional ter confirmado, no final de 2024, que um presidente não pode exercer mais de dois mandatos.
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