Irão acusa EUA de ato hostil com novas sanções

O Irão acusou hoje os Estados Unidos de cometerem um ato hostil com as novas sanções decretadas contra Teerão, que surgem antes da terceira ronda de negociações para um novo acordo nuclear iraniano no sábado.

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Lusa
23/04/2025 11:31 ‧ há 1 semanas por Lusa

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Nuclear

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Esmaïl Baghaï, "considerou a política dos Estados Unidos de impor sanções contra [o Irão] como um sinal claro da abordagem hostil" dos norte-americanos.

 

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou novas medidas financeiras na terça-feira, particularmente contra empresas e indivíduos do setor energético iraniano.

O Tesouro dos EUA acusou empresas iranianas visadas pelas novas sanções de "financiar programas nucleares e de armas convencionais avançadas do Irão", assim como grupos pró-iranianos como o movimento xiita libanês Hezbollah, os rebeldes iemenitas Huthis e o grupo islamita palestiniano Hamas.

A imposição de sanções "está em clara contradição com a afirmação dos Estados Unidos de estarem abertos a negociações e indica falta de boa vontade e seriedade" por parte dos norte-americanos, acrescentou Baghaï.

O Irão e os Estados Unidos devem reunir-se em Omã no sábado para uma nova ronda de negociações sobre a questão nuclear iraniana, num encontro em que estarão presentes o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, e o enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

O Presidente norte-americano, o republicano Donald Trump, reiterou as ameaças militares contra o Irão na quinta-feira, ao afirmar que não exclui um plano israelita para destruir as instalações nucleares iranianas, caso não haja acordo.

Após o seu regresso à Casa Branca para um segundo mandato presidencial, em janeiro, o republicano retomou a política de "pressão máxima" contra o Irão, com pelo menos seis rondas de sanções para impedir a venda de petróleo iraniano.

Durante o primeiro mandato de Trump na Presidência (2017-2021), os Estados Unidos abandonaram o acordo nuclear de 2015, assinado entre o Irão e seis potências ocidentais, que limitava o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.

Desde então, o Irão tem vindo a enriquecer urânio muito para além dos limites previstos nesse acordo e possui agora 8.294 quilogramas, 274 dos quais com 60% de pureza.

Os iranianos defendem o seu direito à energia nuclear para fins civis e negam que pretendam desenvolver armas nucleares, algo de que o Ocidente tem fortes suspeitas.

O Irão e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas oficiais desde 1980.

Leia Também: Irão apreende dois navios estrangeiros por contrabando de combustível

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