Pelo menos nove feridos em distúrbios no Cairo

Pelo menos nove pessoas ficaram feridas, esta noite, em distúrbios registados na praça Tahrir, no centro do Cairo, onde opositores ao Presidente egípcio Mohamed Morsi, mantêm um acampamento montado contra as últimas decisões do mandatário.

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Lusa
11/12/2012 09:33 ‧ 11/12/2012 por Lusa

Mundo

Egito

Segundo a agência de notícias estatal Mena, que cita testemunhas, na primeira hora do dia registaram-se choques entre manifestantes e vendedores ambulantes armados na praça.

A edição electrónica do diário Al Ahram, por sua vez, indica que desconhecidos agrediram os manifestantes.

De acordo com a agência de notícias egípcia, citada pela espanhola Efe, as vítimas sofreram ferimentos de balas em diferentes partes do corpo.

Os acessos à praça foram encerrados por voluntários dos comités populares que se encarregaram da vigilância da praça Tahrir perante a ausência total da polícia.

A divisão continua no Egito entre apoiantes e opositores do presidente, com a praça Tahrir a ser cenário de várias manifestações a favor e contra Morsi nos últimos dias, enquanto o país atravessa uma grave crise política.

Na segunda-feira, o Presidente egípcio, Mohamed Morsi, anulou aumentos de impostos sobre produtos básicos e de grande consumo algumas horas depois os ter decidido.

Hoje está previsto que os opositores se manifestem na praça contra o referendo sobre a nova Constituição, agendado para o próximo sábado, e muito criticado pela oposição liberal e de esquerda, e ainda pelos meios laicos e as igrejas cristãs.

A oposição considera que o texto abre o caminho para uma extensão da aplicação da sharia (lei islâmica), e oferece poucas garantias para as liberdades.

Uma coligação de 23 associações egípcias de defesa dos direitos humanos sublinhou ainda que "o projecto de Constituição pós-revolucionário não inclui qualquer referência aos tratados e convenções de salvaguarda dos direitos humanos ratificados pelo Egipto, o que reflecte o desprezo da comissão constituinte por esses textos".

O Presidente norte-americano Barack Obama e a União Europeia já manifestaram a sua preocupação face à situação no Egipto, e apelaram ao país para prosseguir a democratização iniciada com a queda do regime autocrático de Mubarak.

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