"A declaração do Ministério da Defesa russo [sobre a alegada violação pela Ucrânia dos termos de cessação das hostilidades contra instalações energéticas] não é verdadeira", afirmou o comando do Exército ucraniano no Facebook.
Anteriormente, Moscovo acusara a Ucrânia de ter realizado ataques contra três instalações energéticas russas na quarta-feira e hoje, alegando que Kyiv não estava a respeitar o acordo de tréguas entre os dois países e limitado a estas infraestruturas.
Segundo o Ministério da Defesa russo, dois ataques tiveram como alvo a região de Bryansk e outro a Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
Em simultâneo, uma alta autoridade ucraniana citada pela agência France Presse (AFP) disse por seu lado que a artilharia russa bombardeou a cidade de Kherson, no sul do país, deixando a maioria dos seus residentes sem energia, indicando que Kyiv está a tratar o assunto como uma "clara violação" da moratória aos ataques a este tipo de infraestruturas.
"Houve um ataque que não parecia ter como alvo o setor energético, mas o setor energético foi atingido", afirmou a autoridade ucraniana falando sob anonimato, adicionando que "isto levanta uma questão real sobre os limites do cessar-fogo, sobre o seu controlo".
Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira que a Ucrânia e a Rússia tinham concordado em pôr em prática um acordo sobre uma trégua nos ataques contra instalações de energia.
O acordo tinha sido falado anteriormente em contactos telefónicos separados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com os homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky, e russo, Vladimir Putin, que disse ter ordenado de imediato a cessação destes ataques.
O anúncio de terça-feira seguiu-se a conversações separadas que representantes norte-americanos mantiveram em Riade com ucranianos e russos.
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