EUA avaliam problemas de transporte marítimo no Mar do Norte e Gibraltar

A Comissão Marítima Federal norte-americana (FMC) revelou terça-feira que iniciou investigações a potenciais "condições desfavoráveis" aos Estados Unidos em sete "pontos críticos" do comércio marítimo global, incluindo o Canal do Panamá, Mar do Norte e Estreito de Gibraltar.

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Lusa
19/03/2025 00:05 ‧ 19/03/2025 por Lusa

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Os sete pontos de estrangulamento que a FMC irá inspecionar incluem o Canal da Mancha, o Estreito de Malaca, o Estreito de Singapura e o Canal do Suez, além da passagem do Mar do Norte, Gibraltar e Panamá.

 

"Acontecimentos recentes indicaram que as restrições de trânsito em vários pontos críticos da cadeia global de abastecimento de transporte levaram a condições que a Comissão deve investigar", disse a agência em comunicado.

Em relação ao Canal do Panamá, o Presidente Donald Trump insiste desde que tomou posse, em janeiro, que quer "retomar" o controlo do mesmo, uma vez que, segundo ele, "a China está a operar" lá.

Conforme noticiado pelos meios de comunicação norte-americanos, o Presidente terá pedido mesmo ao Pentágono que preparasse vários planos para a sua ideia de retomar o controlo do canal.

Na sequência de ameaças norte-americanas, foi alcançado um negócio que transferiu para um consórcio que inclui o fundo de investimento BlackRock e a Terminal Investment Limited uma participação de 80% num conjunto de subsidiárias portuárias, que gerem 43 portos em 23 países, incluindo os portos em ambas as extremidades do Canal do Panamá, em Balboa e Cristobal.

O negócio foi conhecido após a visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao Panamá, e na véspera do primeiro discurso de Trump ao Congresso.

O Canal do Panamá, observou hoje a FMC, "é de grande importância geopolítica, crucial para os interesses dos EUA" e "a instabilidade política ou as interrupções na sua operação podem ter consequências de longo alcance".

A comissão norte-americana também observou que as restrições de capacidade do Canal do Panamá poderiam causar "interrupções dispendiosas nas cadeias de abastecimento globais".

A FMC referiu ainda a passagem do Mar do Norte como um ponto estratégico onde emergiu a "competição pela governação": "A Rússia está a procurar o controlo da rota marítima mais curta entre a Europa e a Ásia, enquanto outras nações estão a pressionar pelo acesso internacional".

"Tanto a NATO como a Rússia estão a aumentar a sua presença militar na região, aumentando o risco de tensões e conflitos pelo acesso às rotas comerciais e aos recursos da região", refere o comunicado.

Os EUA, salienta, procurarão através da investigação identificar "leis ou regulamentos de um país estrangeiro, bem como métodos competitivos, práticas de preços ou outras práticas utilizadas por proprietários de embarcações, operadores ou agentes de um país estrangeiro" que sejam contrários à lei.

Esta medida faz parte da intenção da administração Trump de conter o domínio da China na construção naval.

O Presidente republicano anunciou há algumas semanas que iria criar um novo Gabinete de Construção Naval na Casa Branca para "ressuscitar a indústria naval americana, incluindo a construção naval comercial e a construção naval militar".

Leia Também: Colisão entre navio e petroleiro no mar do Norte teve impacto limitado

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