Moldova decreta estado de emergência energética por 60 dias

A Moldova decretou hoje estado de emergência energética durante 60 dias a partir da próxima segunda-feira, perante a ameaça de uma crise humanitária devido à possível suspensão do fornecimento de gás russo à Europa através da Ucrânia.

Chisinau, images of the capital of Italy of the Republic of Moldova which fears an attack from Russia. In the photo the building of the Moldovan Government. (Photo by: Alessandro Serrano'/AGF/Universal Images Group via Getty Images)

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Lusa
13/12/2024 15:46 ‧ 13/12/2024 por Lusa

Mundo

Moldova

O prazo desse contrato de abastecimento por território ucraniano termina a 31 de dezembro.

 

A medida, proposta pelo primeiro-ministro moldovo, Dorin Recean, foi aprovada pelo parlamento, apenas com os votos do Partido da Ação e Solidariedade (PAS), no poder, liderado pela Presidente da ex-república soviética, Maia Sandu.

A oposição moldova criticou fortemente a declaração do estado de emergência.

"Para o PAS, o estado de emergência tornou-se a norma. Quando à frente do país se encontra um Governo analfabeto, as crises tornam-se a norma", declarou o líder do oposicionista Nosso Partido, Renato Usatii, citado pelo jornal digital Noi.md.

Segundo o Governo moldovo, a suspensão da circulação de gás russo através da Ucrânia pode causar uma falta de energia elétrica no inverno, uma vez que a central termoelétrica da Moldova, país situado entre a Ucrânia e a Roménia, funciona com gás procedente da Rússia.

A situação na região separatista da Transnístria, que também declarou estado de emergência na quinta-feira, é ainda mais grave, uma vez que está totalmente dependente do fornecimento de gás russo.

De acordo com o vice-primeiro-ministro moldovo, Oleg Serebrian, a Ucrânia não manterá a circulação de gás russo através do seu território para permitir a continuação do abastecimento à Hungria e à Moldova.

"A nossa posição é totalmente clara: estamos a preparar-nos para circulação zero a partir de 01 de janeiro (...). Só este ano, realizámos vários testes de resistência ao nosso sistema de gasodutos, para ver como funcionará com circulação zero", afirmou na quinta-feira o ministro da Energia ucraniano, Herman Galushchenko.

Após o início da guerra russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, o Governo de Kiev declarou que não iria prolongar o contrato de cinco anos assinado em 2019 com o consórcio de gás russo Gazprom para a passagem do seu gás pelo território ucraniano.

Leia Também: UE envia última parcela de 495 milhões para "estabilidade" da Moldova

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