O ministério disse ter detetado navios da Marinha e da Guarda Costeira chinesas a entrar no Estreito de Taiwan e no Pacífico ocidental. A China restringiu também o espaço aéreo ao longo da sua costa sudeste, até quarta-feira, nas províncias que ficam de frente para a ilha de Taiwan.
A China defende que Taiwan é parte do seu território e opõe-se ao compromisso norte-americano de defender a ilha e à venda de armamento ao Exército taiwanês.
O líder de Taiwan, William Lai, fez escalas no Havai e em Guam, na semana passada, durante um périplo pelo Pacífico, que terminou na sexta-feira.
A China opõe-se ao contacto entre autoridades da ilha e funcionários governamentais estrangeiros.
O ministério da Defesa de Taiwan afirmou ainda que criou um centro de resposta a emergências e lançou exercícios de prontidão de combate, em resposta à atividade chinesa no Estreito de Taiwan.
"É preciso salientar que não existe um ministério da Defesa em Taiwan", disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, quando questionada sobre o comunicado.
"Taiwan faz parte da China e a questão de Taiwan é um assunto interno da China. A China salvaguardará firmemente a sua soberania nacional e a integridade territorial", sublinhou.
A China, que considera Lai um separatista, realizou grandes exercícios militares em torno de Taiwan, após a sua tomada de posse em maio e o seu discurso no Dia Nacional, em outubro. Pequim também realizou um grande exercício militar em torno do território, na sequência de uma visita a Taipé de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, em 2022.
O comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan disse que a China restringiu o espaço aéreo em sete zonas ao largo da província de Fujian, que fica de frente para Taiwan, e da província de Zhejiang, que se estende ao norte de Fujian até Xangai.
Durante uma entrevista televisiva, perguntaram a Trump se ele se comprometeria a defender Taiwan.
Leia Também: Xi reconhece incerteza económica da China e pede esforços para objetivos