A ex-mulher do autor do ataque com explosivos no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, garantiu às autoridades que o objetivo era "matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado".
Daiane, a ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, identificado como autor do ataque, foi encontrada pela Polícia Federal no interior de Santa Catarina, onde deverá formalizar o seu depoimento.
A mulher revelou também aos agentes que Francisco Wanderley chegou a fazer e compartilhar pesquisas no Google para planear o atentado que executou ontem.
Na casa do autor do ataque foram encontrados artefactos explosivos artesanais com um grau de lesividade significativa, já que continham 'armas' de fragmentação que simulavam uma granada.
O diretor da polícia Federal brasileiro acrescentou que Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque ao STF, transportava consigo um extintor de incêndio carregado de combustível, que poderia ser usado como um lança-chamas.
Wanderley Luiz seguia nas redes sociais Facebook e X (antigo Twitter) várias páginas de extrema-direita, como o Movimento Avança Brasil, Espaço Enéas Carneiro, Brasil Paralelo, Jornal da Cidade Online, Jair Messias Bolsonaro e Olavo de Carvalho.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o ataque realizado na noite de quarta-feira e a linha investigação, até ao momento, baseia-se em duas hipóteses criminais: de ato que atenta contra o Estado Democrático de Direito e também de ato terrorista.
As duas explosões aconteceram na noite quarta-feira nas proximidades do STF, em Brasília, matando Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, membro do Partido Liberal, liderado pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro.
Leia Também: Ataque em Brasília "gera tensão maior" para segurança do G20