"A velocidade das eleições dependerá da velocidade" destas reformas, confirmou o vencedor do Prémio Nobel da Paz, de 84 anos, durante uma entrevista à agência France-Presse (AFP), em Baku, onde participa na conferência da ONU sobre o clima (COP29), organizada pelo Azerbaijão.
Ainda assim, Muhammad Yunus assegura que conduzirá o seu país a eleições democráticas.
"Fizemos esta promessa e, assim que estivermos prontos, teremos eleições e as pessoas eleitas tomarão o poder no país", insistiu Yunus, acrescentando que o Bangladesh deve decidir rapidamente sobre as reformas a realizar, não só da Constituição, mas também da forma de Governo, do Parlamento e da lei eleitoral.
Yunus lembrou que está à frente de um Governo interino, defendendo que o seu mandato "deve ser o mais curto possível".
A ex-primeira-ministra Sheikh Hasina -- uma política de 76 anos, que governou o Bangladesh com mão de ferro desde 2009 - foi destituída por um movimento de protesto que a obrigou a fugir para a Índia, em agosto passado.
Muhammad Yunus foi então nomeado chefe interino do Governo.
"Todo o Governo está preocupado com a estabilidade. (...) Esperamos encontrar uma solução e ter um Estado de Direito, em paz", concluiu Yunus, recordando que passaram apenas três meses desde a revolução.
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