Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo indicou que o chefe-adjunto da missão diplomática canadiana em Moscovo "foi informado de que estas especulações (...) indicam a provável preparação de uma provocação grosseira antirrussa".
Foi entregue ao diplomata uma nota de protesto relativa a "falsas acusações sobre uma alegada 'sabotagem russa' planeada contra países da NATO, envolvendo o envio, incluindo para destinatários no Canadá, de explosivos por correspondência postal", acrescentou.
A Polónia e a Lituânia anunciaram no início do mês a detenção de várias pessoas suspeitas de estarem envolvidas no envio de encomendas para vários países europeus, que se incendiaram este verão nos armazéns do grupo logístico DHL na Alemanha e na Grã-Bretanha.
Alguns responsáveis europeus atribuíram a operação à Rússia.
Na sequência do incidente, o governo canadiano declarou estar "profundamente preocupado" com a intensificação das "atividades de sabotagem" da Rússia, segundo a televisão CBC.
Na resposta divulgada hoje, Moscovo acusou o Canadá de participar numa "guerra híbrida" contra a Rússia, fornecendo armas à Ucrânia e através da "participação de mercenários canadianos nas hostilidades ao lado do regime de Kiev, com a bênção do governo de Trudeau", o primeiro-ministro canadiano.
"Qualquer ação hostil não ficará sem resposta (...) As autoridades canadianas devem ser cautelosas e abster-se de tomar medidas prejudiciais que possam agravar o confronto com a Rússia", acrescentou o ministério.
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