Maputo vive um cenário de caos, com pilhagens, manifestantes pró-Venâncio Mondlane a colocarem pneus a arder nas avenidas principais, para protestar contra os resultados das eleições gerais.
"A nossa marcha é para a reposição da verdade eleitoral, a nossa manifestação é para dar fim aos raptos e sequestros, a nossa marcha é o grito de socorro que não queremos mais terrorismo em Moçambique. Não queremos mais o assassinato do nosso povo, não queremos mais miséria quando Moçambique é um país riquíssimo", afirmou Venâncio Mondlane, num vídeo partilhado nas suas redes sociais.
O candidato presidencial garantiu, ainda, que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.
Entretanto, o caos permanece na capital do país, que ficou marcada no último dia por contentores do lixo e pneus em chamas, e disparos de gás lacrimogéneo, incluindo granadas, na tentativa de dispersar os manifestantes, que rapidamente se reagrupavam respondendo com o arremesso de pedras e outros objetos.
Veja na galeria acima o caos que assola a capital do país.
Resultados das eleições
A 24 de outubro, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos.
Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.
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