"A conversa foi amigável e cordial. O primeiro-ministro felicitou Trump pela sua vitória eleitoral e os dois [líderes] concordaram em cooperar para a segurança de Israel. Discutiram também a ameaça iraniana", que apoia o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês em guerra com Israel, disse a mesma fonte.
"O primeiro-ministro [israelita] foi um dos primeiros a telefonar ao Presidente eleito dos Estados Unidos. A conversa foi calorosa e cordial. Os dois concordaram em trabalhar em conjunto para a segurança de Israel e discutiram também a ameaça iraniana", refere o comunicado do gabinete do primeiro-ministro, sem avançar pormenores.
Hoje de manhã, quando os resultados já apontavam Trump como vencedor, Netanyahu foi um dos primeiros líderes mundiais a celebrar publicamente a vitória na sua conta no X.
"O seu regresso histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um regresso ao compromisso com a grande aliança entre Israel e os EUA. Esta é uma grande vitória", escreveu Netanyahu.
O regresso do republicano à Casa Branca acontece no momento em que o governo israelita prossegue a sua campanha contra a agência da ONU para os refugiados palestinianos no Médio Oriente (UNRWA) para a proibir de continuar a operar em território controlado por Israel.
No seu anterior mandato (em 2018), Trump suspendeu a ajuda financeira à agência, cortou o financiamento de projetos de desenvolvimento na Cisjordânia e em Gaza e fechou o escritório da Organização de Libertação da Palestina (OLP) em Washington.
A ala de extrema-direita do governo israelita, por outro lado, também se congratulou com o resultado das eleições presidenciais e espera maior harmonia com Trump para, entre outras coisas, poder implementar políticas colonialistas na Cisjordânia ocupada.
A grande questão que se coloca agora é saber como é que o Presidente eleito vai reagir à ofensiva contínua de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano, quando hoje, no seu primeiro discurso, afirmou: "Não queremos guerras. Não vou começar uma guerra, vou impedi-la".
O republicano Donald Trump foi eleito o 47º Presidente dos Estados Unidos tendo já conquistado mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata Kamala Harris no voto popular, com 51,1% contra 47,4% dos votos contados.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes segue igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria.
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