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Hamas irá estudar qualquer proposta de trégua se incluir retirada israelita

O Hamas garantiu hoje que irá estudar qualquer proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza se esta incluir uma retirada israelita do território, adiantando que não recebeu uma proposta oficial para uma trégua abrangente.

Hamas irá estudar qualquer proposta de trégua se incluir retirada israelita
Notícias ao Minuto

17:11 - 30/10/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Em declarações feitas sob anonimato à agência noticiosa France-Presse (AFP), um responsável do movimento extremista palestiniano mencionou um comunicado no qual o grupo anunciou tinha realizado reuniões a pedido dos mediadores internacionais para discutir "novas propostas para um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros".

 

Responsabilizando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por impedir a concretização de um cessar-fogo para prosseguir uma política de "genocídio, limpeza étnica e deslocação de populações", aproveitando a ausência de pressão por parte dos Estados Unidos (o principal aliado de Telavive), o responsável citado pela AFP referiu que o Hamas disse aos mediadores que tudo depende de Israel.

Nesse sentido, reiterou que o Hamas está pronto para aceitar um acordo se Israel concordar com um cessar-fogo, com a retirada completa da Faixa de Gaza, com o regresso das pessoas deslocadas às suas casas em Gaza, incluindo no norte, com a entrada de ajuda suficiente para o povo palestiniano e com um acordo sobre os prisioneiros palestinianos detidos por Telavive.

Na segunda-feira, um porta-voz de Benjamin Netanyahu afirmou que o primeiro-ministro israelita não tinha recebido uma proposta de libertação dos reféns - levados para Gaza durante o ataque do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro de 2023 - em troca de uma trégua de 48 horas no território palestiniano, como o Presidente do Egito (um dos países mediadores), Abdel Fattah el-Sisi, tinha sugerido na véspera.

Em declarações feitas hoje, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, defendeu que o Hamas está enfraquecido por mais de um ano de guerra em Gaza e pediu às tropas para continuarem a "pressão militar" sobre o movimento palestiniano "a fim de criar as condições necessárias para garantir o regresso dos reféns".

Há vários meses que os Estados Unidos, Qatar e Egito tentam chegar a uma trégua das hostilidades, acompanhada da libertação dos reféns.

O chefe da Mossad (serviços secretos israelitas), David Barnea, o diretor da CIA (serviços de informações norte-americanos), William Burns, e o primeiro-ministro do Qatar discutiram uma proposta de tréguas de "menos de um mês" em Doha, no domingo e na segunda-feira, segundo fonte próxima das discussões.

A mesma fonte acrescentou que os responsáveis norte-americanos acreditam que, se for possível chegar a um acordo a curto prazo, este poderá conduzir a um outro, mais vasto e permanente.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 43 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Hamas vê eleição de líder do Hezbollah como sinal de recuperação

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