De acordo com a Comissão Central de Eleições (CEC), 43,14% dos moldovos votaram sim e mais de 55% votaram contra a integração europeia, quando estão contados quase 70% dos votos expressos.
A contagem de votos na capital, Chisinau, e da diáspora, que estão mais inclinados a aderir ao bloco europeu, podem ainda alterar o resultado, mas o eleitorado pró-russo, incluindo o região autónoma de Gagauzia - mais de 95% contra -- foi declaradamente contra.
Se forem confirmados, estes resultados serão um revés para a chefe de Estado cessante, Maia Sandu, mesmo sendo ela a vencedora na primeira volta das presidenciais que decorreram também hoje, mas que enfrentará um candidato pro-Rússia na segunda volta, o ex-procurador-geral Alexandr Stoianoglo, que boicotou o referendo de hoje.
De pouco adiantou o governo moldavo, que iniciou as negociações de adesão à UE em dezembro de 2023, ter recebido um grande impulso de Bruxelas na véspera da votação, com um pacote de assistência de 1.800 milhões de euros para os próximos três anos.
A Moldova, um dos países mais pobres da Europa, esperava aderir até 2030 à UE, para onde já exporta 65% dos seus produtos e de onde recebe mais de 80% do investimento direto.
As atuais autoridades, a favor da adesão, parecem ter sido prejudicadas pelo facto de a consulta popular coincidir com as eleições presidenciais, após quatro anos de queda do nível de vida devido à covid-19, ao conflito na vizinha Ucrânia e à guerra energética com a Rússia.
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