Prisão para ex-chefe de polícia após debandada que causou 150 mortos

Um tribunal sul-coreano condenou hoje a três anos de prisão o antigo chefe da polícia de um distrito de Seul, onde uma debandada fez mais de 150 mortos durante a festa de Halloween, acusando-o de não ter impedido o incidente.

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© Getty Images

Lusa
30/09/2024 10:10 ‧ 30/09/2024 por Lusa

Mundo

Tragédia de Seul

A 29 de outubro de 2022, dezenas de milhares de pessoas - a maioria entre os 20 e 30 anos - saíram para celebrar o primeiro feriado após o confinamento devido à Covid-19 no popular bairro de Itaewon.

 

Entretanto, a noite tornou-se trágica quando um grande número de pessoas entrou numa rua estreita e inclinada, onde se encontram bares e discotecas, provocando a morte de dezenas de pessoas por esmagamento.

Lee Im-jae, antigo chefe da polícia do distrito de Yongsan, foi considerado culpado por não ter evitado o acidente. É o primeiro polícia a ser condenado pelo seu papel direto no desastre.

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Vítimas são, na sua maioria, adolescentes e jovens adultos, na casa dos 20 anos. Segundo as autoridades sul-coreanas, as pessoas terão sido esmagadas até à morte, depois de uma grande multidão ter começado a avançar num beco estreito perto do Hotel Hamilton, um local de festas na cidade.

Notícias ao Minuto com Lusa | 08:07 - 30/10/2022

"Era previsível que haveria uma multidão de pessoas naquela rua de Itaewon e um potencial perigo para a vida física e a segurança dos presentes durante o fim de semana de Halloween em 2022", de acordo com o tribunal distrital ocidental de Seul no julgamento.

Outro antigo polícia, chefe do centro de emergência da polícia de Yongsan, foi condenado a dois anos de prisão pelos mesmos motivos.

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De acordo com o Metro de Seul, cerca de 81 mil pessoas saíram nessa zona antes da tragédia acontecer - quase quatro vezes mais pessoas do que na semana passada (23.800), e mais do que o dobro no dia anterior (35.950).

Notícias ao Minuto | 16:25 - 31/10/2022

O tribunal deverá também emitir hoje outra decisão sobre um antigo funcionário local, Park Hee-young, ex-chefe do escritório eleitoral de Yongsan, sob as mesmas acusações semelhantes.

No início deste ano, dois antigos altos funcionários da polícia foram detidos por destruírem provas ligadas ao incidente, representando as primeiras condenações relacionadas com o episódio.

Kim Kwang-ho, antigo chefe da polícia metropolitana de Seul, também foi julgado e aguarda sentença por negligência profissional que resultou em ferimentos ou morte. Os procuradores pedem uma pena de prisão de cinco anos para o ex-chefe da polícia metropolitana e a expectativa é de que o tribunal emita o seu veredicto no próximo mês.

Leia Também: Envio de balões com lixo para Coreia do Sul pode gerar resposta "severa"

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