O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, confirmou na sua conferência de imprensa diária que nem Netanyahu nem o seu gabinete solicitaram esta reunião, como fizeram todas as outras delegações dos diferentes países, porque este tipo de reunião deve basear-se num pedido de cada membro.
Além disso, explicou que Netanyahu e Guterres não se falam há quase um ano, uma vez que nas horas que se seguiram aos ataques terroristas do Hamas contra Israel, em 07 de outubro, o secretário-geral da ONU fez uma chamada ao primeiro-ministro que "nunca foi devolvida".
No seu discurso de hoje na Assembleia Geral, Netanyahu chamou à ONU "a casa das trevas", acusando-a de praticar hipocrisia, dois pesos e duas medidas, antissemitismo e hostilidade contra Israel.
Apesar deste discurso, Dujarric garantiu que a ONU mantém canais de comunicação abertos diariamente com o Governo israelita, principalmente para coordenar a resposta humanitária em Gaza.
Enquanto Netanyahu discursava perante a Assembleia Geral da ONU, diplomatas de vários países ausentaram-se da sala, em sinal de protesto, depois de o movimento islamita Hamas ter pedido exatamente esse gesto aos estados-membros das Nações Unidas, alegando que o primeiro-ministro israelita é responsável por um genocídio em Gaza.
Benjamin Netanhayu aproveitou a sua intervenção para insistir que não pretende colocar fim à guerra em Gaza e prometeu ainda que o seu país continuará a lutar contra o grupo xiita libanês Hezbollah.
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