Em conferência de imprensa, o ministro da Saúde libanês, Firas Abiad, garantiu que o país enfrenta uma "guerra total" por parte de Israel, e que o número total de mortos ascende a 1.565 desde o ano passado, quando se o movimento armado pró-iraniano Hezbollah atacou o território israelita, na sequência do massacre perpetrado em 07 de outubro pelo Hamas, a partir de Gaza (sul).
O responsável lamentou ainda o elevado número de feridos, cujo número não divulgou, e aproveitou para sublinhar que "todas as partes estão interessadas em chegar a uma solução diplomática, mas apenas uma delas quer continuar a atacar indiscriminadamente os civis".
Anteriormente, as autoridades libanesas tinham comunicado a morte de nove membros da mesma família num bombardeamento contra a cidade meridional de Shebaa.
Segundo informações divulgadas pela agência noticiosa estatal libanesa NNA, o bombardeamento ocorreu cerca das 03:00 locais e atingiu uma casa de três andares na aldeia. Entre as vítimas está uma mulher grávida, segundo o jornal "L'Orient le Jour".
As autoridades estimam que os ataques, que se seguiram à explosão de milhares de aparelhos de comunicação utilizados pelo Hezbollah, fizeram desde segunda-feira cerca de 800 mortos e mais de 2.000 feridos.
Israel intensificou fortemente os ataques, visando capacidades militares do Hezbollah e os seus principais comandantes.
Citados pela agência noticiosa AP, altos funcionários israelitas ameaçaram repetir a destruição de Gaza no Líbano se o Hezbollah continuar a disparar contra Israel.
A Organização Internacional para as Migrações calculou quinta-feira que mais de 200.000 pessoas foram deslocadas no Líbano desde que o Hezbollah começou a disparar foguetes contra o norte de Israel, em apoio ao Hamas.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, quando os islamitas palestinianos do Hamas lançaram um ataque sem precedentes em solo israelita.
Em resposta, os israelitas lançaram uma ofensiva na Faixa de Gaza que, segundo as autoridades locais, provocou mais de 41.500 mortos.
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