Israel lança ataque a "quartel-general" do Hezbollah em Beirute

As Forças Armadas israelitas anunciaram hoje que atacaram o "quartel-general" do movimento armado libanês Hezbollah na periferia sul de Beirute, no Líbano.

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Lusa
27/09/2024 17:18 ‧ 27/09/2024 por Lusa

Mundo

Tensão no Médio Oriente

Segundo o porta-voz do Exército israelita, contra-almirante Daniel Hagari, as Forças Armadas "realizaram um ataque preciso ao quartel-general da organização terrorista Hezbollah em Dahiyeh [termo árabe para subúrbio]", situado na capital libanesa.

 

"Depois de quase um ano em que o Hezbollah disparou 'rockets', mísseis e 'drones' suicidas contra civis israelitas, depois de quase um ano em que Israel alertou o mundo e lhe disse para parar o Hezbollah, Israel está a fazer o que todos os estados soberanos do mundo fariam", justificou Hagari em conferência de imprensa em hebraico e inglês.

Os ataques foram anunciados pouco depois do discurso do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da ONU, afirmando que as operações contra o grupo xiita apoiado pelo Irão iriam continuar.

Na ONU, Netanyahu prometeu "continuar a degradar o Hezbollah" até que Israel atinja os seus objetivos, diminuindo ainda mais as esperanças de um cessar-fogo apoiado internacionalmente.

Fortes explosões foram hoje ouvidas em Beirute, com a agência de notícias oficial libanesa a informar que uma série de ataques israelitas tinha como alvo os subúrbios sul da capital, um bastião do Hezbollah.

Colunas de fumo a subir de diferentes locais foram visíveis em imagens transmitidas pela televisão local, e sirenes de ambulâncias foram ouvidas na capital libanesa, de onde surgiram relatos de pânico entre os habitantes.

Seis edifícios ficaram completamente destruídos, segundo uma fonte próxima do Hezbollah citada pela agência France Presse (AFP) e as explosões provocaram enormes crateras em vários locais, de acordo com o canal de televisão Al-Manar, próximo do movimento xiita libanês.

A estação televisiva disse que quatro edifícios foram reduzidos a escombros em explosões potentes, que sacudiram janelas de casas a cerca de 30 quilómetros a norte de Beirute.

Relatos locais indicam que se trata dos ataques mais violentos nos subúrbios de Beirute desde a guerra de 2006 entre o Hezbollah e Israel.

Durante uma semana, o Exército israelita intensificou os ataques ao Líbano e eliminou os principais comandantes do movimento armado, incluindo Ibrahim Aqil, comandante da unidade de elite Al-Radwan.

Na quinta-feira, Mohammed Srour, chefe da unidade de drones do Hezbollah, foi morto num ataque, também nos subúrbios sul de Beirute.

No início do dia, ataques aéreos israelitas já tinham sido registados em vários pontos do Líbano, com o Ministério da Saúde libanês a contabilizar pelo menos 25 mortos, elevando o número no país esta semana para mais de 720 vítimas mortais.

Estas operações militares de Israel seguem-se a quase um ano de guerra na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah.

As autoridades de Telavive argumentam que o grupo xiita ataca o seu país numa base diária a partir de posições do Líbano e as trocas de tiros já levaram à retirada de dezenas de milhares de pessoas da região da fronteira israelo-libanesa.

Esta semana, o comando das Forças Armadas israelitas indicou que está a preparar a possibilidade de uma invasão terrestre no Líbano, com vista a eliminar as capacidades ofensivas do Hezbollah e interromper o seu abastecimento de armas do Irão.

[Notícia atualizada às 18h08]

Leia Também: "Agravamento". Repatriamento de 24 portugueses no Líbano já começou

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