Incursão na fronteira de Gaza com Egito? Exército israelita diz-se pronto
O Exército israelita declarou-se hoje preparado para incursões e ataques na fronteira entre Gaza e o Egito, o chamado corredor de Filadélfia, se obrigado a abandonar o enclave palestiniano por um acordo de cessar-fogo com o movimento islamita Hamas.
© Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"Se decidirem que ficamos em Filadélfia, saberemos como permanecer lá e manter-nos fortes. Se decidirem que devemos vigiar [a zona] e realizar incursões sempre que tivermos uma indicação, saberemos como fazê-lo", assegurou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, tenente-general Herzi Halevi, durante uma avaliação no terreno, no sul da Faixa de Gaza.
As suas declarações surgem depois de, em julho, numa reunião das partes negociadoras em Roma, a delegação israelita ter incluído duas novas exigências - esclarecimentos, afirmaram - no rascunho de um acordo de cessar-fogo: a manutenção de tropas no corredor de Filadélfia e na passagem de Rafah, para impedir o contrabando de armas para o Hamas, e a criação de um mecanismo para impedir a entrada de palestinianos armados no norte de Gaza.
Desde o início das negociações, uma das exigências inflexíveis do Hamas para uma trégua em Gaza é o fim definitivo da guerra e "a retirada total e definitiva" das tropas israelitas do enclave, onde já morreram quase 40.000 habitantes, de acordo com o Registo de Saúde de Gaza nos hospitais.
Halevi acrescentou também que "o próximo passo é o regresso dos reféns", que Israel estima serem ainda 111 em cativeiro há mais de dez meses na Faixa de Gaza, incluindo pelo menos 41 mortos confirmados.
"[Recuperá-los] é o objetivo da guerra. Estamos a trabalhar nisso com grande determinação e quero que saibam que o que estão a fazer no terreno e no subsolo tem um impacto significativo nisso", sublinhou o militar, dirigindo-se aos soldados.
"O Hamas tem de saber que cada dia que mantiver os nossos reféns será mais amargo que o dia anterior", acrescentou.
Após mais de dez meses de ofensiva israelita, a Faixa de Gaza está a braços com uma crise humanitária sem precedentes, a grande maioria da população foi deslocada à força várias vezes e 1,8% foi dizimada, de acordo com os últimos números do Gabinete Central de Estatísticas palestiniano, que estimou serem menores de 30 anos 75% de todas as vítimas mortais do conflito.
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