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Violência eleitoral. López Obrador acusa ONU de falta de integridade

O Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador acusou hoje a ONU de "não agir com integridade" ao criticar a violência durante o período eleitoral, o mais letal da história do México, com dezenas de candidatos assassinados.

Violência eleitoral. López Obrador acusa ONU de falta de integridade
Notícias ao Minuto

06:30 - 21/06/24 por Lusa

Mundo México

López Obrador reagiu, durante a sua conferência diária, a uma declaração de Volker Türk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, que na terça-feira apelou às autoridades mexicanas para "garantirem a responsabilização pela violência e assassinatos ocorridos durante o período eleitoral, incluindo os de políticos".

"Todas essas organizações não agem com integridade, com retidão", respondeu o Presidente mexicano, questionado por uma jornalista.

Türk fez uma breve referência ao México na 56.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O chefe de Estado minimizou a violência política antes das eleições de 02 de junho, as maiores da história do país, afirmando na semana passada que apenas seis candidatos foram assassinados.

Organismos independentes registam mais mortes. A consultora DataInt denunciou na quarta-feira o assassinato de 43 candidatos, incluindo 17 que já se tinham registado oficialmente como candidatos.

Além disso, contabilizou 176 assassinatos ligados às eleições ao incluir assessores, familiares e atuais autoridades, o que implica 57% mais vítimas do que nas eleições intercalares de 2021.

López Obrador rejeitou as advertências dos organismos internacionais ao afirmar que "fazem parte dos mesmos esquemas, das estruturas de domínio ao serviço dos interesses".

"Funcionários da ONU, da OEA (Organização dos Estados Americanos) e de muitas organizações, que ganham três, quatro ou cinco vezes mais do que eu ganho, 10 vezes mais do que vocês [jornalistas] ganham, eles se entretêm muito, com recomendações puritanas", frisou.

O Presidente mexicano reiterou que a preocupação com a violência eleitoral e a interferência do tráfico de drogas surgiu da oposição e de uma campanha internacional da agência norte-americana de combate à droga (DEA, na sigla em inglês), que deu informações à ProPublica e ao The New York Times para publicarem reportagens contra López Obrador.

"A questão do tráfico de drogas é uma campanha que foi lançada pelo bloco conservador e os financiadores, ou seja, aqueles que contribuíram para essa campanha e também agências estrangeiras porque chamaram até jornalistas famosos", apontou ainda.

Leia Também: EUA sancionam cartel mexicano acusado de tráfico de drogas e migrantes

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