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Rússia anuncia tomada de localidade na região meridional de Zaporijia

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje que as suas tropas tomaram a localidade de Zagornoye, na região meridional ucraniana de Zaporijia, anexada por Moscovo em setembro de 2022.

Rússia anuncia tomada de localidade na região meridional de Zaporijia
Notícias ao Minuto

19:19 - 16/06/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Unidades do agrupamento de tropas Vostok (leste) libertaram a aldeia de Zagornoye (Zahirne, em ucraniano), na região de Zaporijia, e ocuparam posições mais vantajosas", lê-se num comunicado militar divulgado na plataforma digital Telegram.

Zagornoye situa-se cerca de 80 quilómetros a sudeste da cidade de Zaporijia - a capital da região de Zaporijia, controlada por Kyiv.

Segundo o Ministério da Defesa russo, o agrupamento Vostok atingiu as posições das forças ucranianas perto da cidade de Novoselkovsky (Zaporijia) e de Urozhaine e Vladimirovka, na vizinha autoproclamada República Popular de Donetsk, uma das quatro regiões ucranianas anexadas pela Rússia, além da península da Crimeia -- essa, em 2014.

Numa entrevista hoje publicada, o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, afirmou que a situação na linha da frente está "cada vez pior" para a Ucrânia e instou Kyiv a considerar o plano de acordo proposto na passada sexta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que foi rejeitado pela Ucrânia e pelos países que a apoiam.

Putin apresentou à Ucrânia uma proposta de cessar-fogo e de início de conversações de paz sob uma série de condições consideradas por Kyiv e os seus aliados um ultimato inaceitável.

O chefe de Estado russo exigia a retirada das tropas ucranianas do território das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, cuja anexação pela Rússia foi proclamada em setembro de 2022, mas que até agora Moscovo não controla na totalidade.

Além disso, exigia que a Ucrânia se tornasse um país neutro, sem armas nucleares, fora de blocos europeus (não podendo, portanto, aderir à União Europeia), que desistisse da sua aspiração de entrar na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) e eliminasse todas as sanções impostas à Rússia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

Leia Também: Noruega aumenta ajuda à Ucrânia com 4,3 milhões para proteção civil

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