EUA sancionam extremistas israelitas acusados de obstruir ajuda a Gaza

Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram hoje sanções a um grupo extremista israelita acusado de obstruir a distribuição de ajuda humanitária aos palestinianos na Faixa de Gaza, território sitiado e devastado por mais de oito meses de guerra.

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© REUTERS / Ibraheem Abu Mustafa

Lusa
14/06/2024 17:17 ‧ 14/06/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Departamento de Estado norte-americano incluiu hoje na lista de sancionados "o Tzav 9, um grupo extremista israelita violento que está a reter, atacar e danificar colunas que transportam ajuda humanitária vital para os civis palestinianos em Gaza", lê-se num comunicado.

Segundo Washington, o principal apoiante de Israel, membros deste grupo tentaram impedir a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, "bloqueando estradas, por vezes de forma violenta, ao longo da rota entre a Jordânia e Gaza, incluindo na Cisjordânia".

A data de 13 de maio é, em especial, referida pelo Departamento de Estado norte-americano como um dia em que "membros do Tzav 9 pilharam e depois incendiaram perto de Hebron, na Cisjordânia, dois camiões que transportavam ajuda humanitária".

"O Governo israelita tem a responsabilidade de garantir a segurança das colunas humanitárias que atravessam Israel e a Cisjordânia a caminho de Gaza", acrescentou o Departamento de Estado, afirmando que "não tolerará atos de sabotagem e violência contra essa ajuda humanitária essencial".

Nas últimas semanas, civis israelitas atacaram camiões que suspeitavam transportarem alimentos para Gaza, onde a entrada de ajuda humanitária já é rigidamente controlada pelas autoridades israelitas.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o movimento islamita palestiniano Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- fez também 251 reféns, 120 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 252.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 37.266 mortos e 85.102 feridos, além de cerca de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após oito meses de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Leia Também: G7 quer agências da ONU a trabalhar sem impedimentos em Gaza

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