Ataque em escola em Gaza "deve ser investigado independentemente"

O apelo do chefe da diplomacia da União Europeia inclui também um "cessar-fogo duradouro".

 chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell,

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Notícias ao Minuto com Lusa
06/06/2024 18:39 ‧ 06/06/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que o ataque israelita a uma escola das Nações Unidas no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza, "deve ser investigado independentemente, em linha com as últimas indicações do TPI [Tribunal Penal Internacional]".

No X (antigo Twitter), Borrell disse que "os relatos que chegam de Gaza mostram que a violência e o sofrimento são ainda a única realidade para centenas de milhares de civis inocentes".

Depois de pelo menos 40 pessoas terem morrido nestes ataques, o chefe da diplomacia europeia afirmou que "um cessar-fogo duradouro é o único caminho positivo para proteger civis e conseguir a libertação imediata de todos os reféns".

Em jeito de conclusão, Borrell considerou que "ambas as partes devem concordar no plano de três fases dos Estados Unidos, agora".

O exército israelita confirmou o bombardeamento da escola e argumentou que esta albergava no seu interior "terroristas do Hamas", incluindo membros das forças que levaram a cabo uma série de ataques em território israelita a 7 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e 240 raptados.

"Atacar, visar ou utilizar edifícios da ONU para fins militares é um desrespeito flagrante do direito internacional humanitário. O pessoal, as instalações e as operações da ONU devem ser protegidos em todas as circunstâncias", defendeu o comissário-geral da agência da ONU, Philippe Lazzarini.

Para o responsável, "visar as instalações da ONU ou usá-las para fins militares não pode tornar-se a nova norma".

Desde o início da guerra em Gaza, em 07 de outubro, "mais de 180 edifícios da UNRWA foram atingidos e mais de 450 pessoas deslocadas foram mortas em resultado disso".

Segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo movimento islamita Hamas, o número de mortos ascende a 40, incluindo 14 crianças, e os bombardeamentos causaram 74 feridos, incluindo 23 menores, de acordo com o comissário geral da UNRWA.

As autoridades palestinianas sublinharam que "o exército de ocupação israelita comete repetidamente estes massacres de uma forma brutal e apesar de saber da presença de dezenas de milhares de pessoas deslocadas nestes centros".

Afirmaram que estas ações "se enquadram no quadro do genocídio" e reiteraram a sua condenação do "apoio total" dos Estados Unidos a Israel, que "leva a cabo os seus crimes de forma organizada".

Leia Também: ONU acusa Israel de atacar escola "sem aviso prévio" em Gaza

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