Primeiro-ministro da Índia confiante na reeleição para terceiro mandato

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse hoje estar confiante na reeleição para um terceiro mandato, quando a maioria das sondagens do maior ato eleitoral do mundo aponta para nova vitória do líder nacionalista hindu.

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© Anindito Mukherjee/Bloomberg via Getty Images

Lusa
01/06/2024 21:41 ‧ 01/06/2024 por Lusa

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Índia

"Posso dizer com confiança que o povo da Índia votou em números recorde para reeleger o governo da Aliança Democrática Nacional", a coligação liderada pelo Partido Bharatiya Janata (BJP) do primeiro-ministro, disse Narendra Modi na rede social X.

Este é o maior ato eleitoral da história em termos de número de eleitores: Foram convocados cerca de 970 milhões de pessoas - mais de 10% da população mundial -- para escolherem entre mais de 8.300 candidatos num processo organizado em sete fases, que se prolongaram por 44 dias e terminaram.

A sétima volta das eleições abrangeu 57 círculos eleitorais em sete estados e um território, completando uma eleição nacional para preencher todos os 543 lugares na câmara baixa do parlamento.

Ainda sem resultados oficiais até que a Comissão Eleitoral faça a laboriosa contagem na próxima terça-feira, seis sondagens indicam que a coligação de Modi ultrapassará confortavelmente o limiar de 272 lugares na Câmara Baixa do Parlamento, necessário para formar governo.

Caso se confirme, Modi irá conquistar o seu terceiro mandato consecutivo, apesar de parecer não garantir a maioria esmagadora que tinha fixado como objetivo.

A eleição é considerada uma das mais importantes da história da Índia: se Modi ganhar, será apenas o segundo líder indiano a manter o poder durante um terceiro mandato, depois de Jawaharlal Nehru, o primeiro chefe de governo do país.

A maioria das sondagens mostra Modi e o seu partido BJP à frente da aliança da oposição, liderada pelo Partido do Congresso.

As eleições gerais na Índia começaram a 19 de abril e os locais de voto em oito regiões da Índia fecharam hoje.

Segundo dados da Comissão Eleitoral, a participação às 15:00 horas locais (10:30 em Portugal) era de 49,68%.

Durante a eleição, os candidatos atravessaram o país, os membros das mesas de voto caminharam até aldeias remotas e os eleitores fizeram fila durante horas, apesar do calor.

A campanha de governo referiu o sucesso económico do país, mas, nas últimas semanas, focou-se em discursos contra a minoria muçulmana do país, que representa 14% dos 1,4 mil milhões de habitantes da Índia.

Desde que chegou ao poder em 2014, Modi tem gozado de imensa popularidade, com os seus apoiantes a verem-no como um líder forte que melhorou a posição da Índia no mundo.

No entanto, o seu governo tem sido acusado de promover discursos de ódio contra as minorias, nomeadamente os muçulmanos, criando problemas no sistema democrático, com mistura entre religião e Estado.

As sondagens pré-eleitorais mostraram que os eleitores estavam cada vez mais preocupados com o desemprego, o aumento dos preços dos alimentos e um sentimento geral de que apenas uma pequena parte dos indianos beneficiou apesar do rápido crescimento económico recente.

Leia Também: Terminam eleições na Índia após 44 dias de votação

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