"Em muitos dossiers já foram criadas maiorias alternativas [à esquerda] e, por isso, a esquerda está tão nervosa", destacou a chefe do Governo italiano, em entrevista ao jornal Corriere della Sera.
Sobre possíveis alianças depois das eleições europeias, Meloni recusou estar num dos lados: "Estou do lado da Itália, todo o resto pouco me interessa".
Já em relação ao candidato à presidência da Comissão Europeia, Meloni garantiu: "Parto da maioria e não do candidato".
"Estou a trabalhar para construir uma maioria alternativa à esquerda e sobre isso há diálogo com várias forças", reiterou, sobre as possíveis coligações após as eleições europeias.
Questionada sobre a aliança na Europa com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán (extrema-direita), a primeira-ministra italiana frisou que na Europa fala "com todos".
"Provavelmente não concordo totalmente com todos com quem falo, mas nunca concordarei com a ideia de que a União Europeia [UE] é um clube", vincou.
"Penso que num momento como este quem trabalha para dividir comete um erro estratégico fundamental, quem trabalha para procurar união faz muito mais sentido", acrescentou.
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, aspira a uma união da extrema-direita parlamentar europeia, para que os números tenham influência.
Juntamente com o aliado de Meloni no Governo, Matteo Salvini, da Liga, Le Pen contribuiu para a expulsão do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) do grupo de Identidade e Democracia no Parlamento Europeu.
Le Pen procura agora alianças com Meloni, presidente do grupo Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) e que muito provavelmente será o grupo que contribuirá com mais deputados para o Parlamento Europeu.
As eleições para o Parlamento Europeu (PE) realizam-se entre 06 e 09 de junho nos 27 países que compõem a União Europeia, incluindo Portugal.
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