Em comunicado, aquela estrutura ordenou à equipa de negociação que retomasse o seu trabalho, que tinha sido interrompido em 10 de maio, após uma tentativa de acordo no Cairo que Israel rejeitou.
A decisão surge depois de na quarta-feira, o Egito ter ameaçado retirar-se como mediador do conflito entre Israel e o Hamas devido a acusações de ter feito uma má gestão da última ronda de negociações, que fracassou, segundo o jornal The Times of Israel.
"As tentativas de semear dúvidas e ofender os esforços de mediação do Egipto (...) só levarão a maiores complicações da situação em Gaza e em toda a região e levarão o Egito a retirar-se completamente da mediação no conflito", disse Diaa Rashwan, que atua como porta-voz do governo egípcio.
O Gabinete abre assim a porta a uma nova ronda de negociações, paradas desde 10 de maio, quando tanto Israel como o Hamas retiraram as suas delegações do Cairo, depois de não terem conseguido chegar a acordo sobre a proposta de cessar-fogo e troca de reféns por prisioneiros apresentada pela organização islâmica e pelos mediadores.
O Hamas acusou então Israel de devolver as negociações "à estaca zero", enquanto as autoridades israelitas disseram que os islamitas tinham modificado questões essenciais no acordo proposto já depois de o aceitarem.
Dos 253 sequestrados em 07 de outubro, 124 permanecem no enclave, 40 deles mortos segundo Israel e mais de 70 segundo o Hamas, embora haja quatro outras pessoas feitas reféns há anos, duas delas morreram.
Desde o início da guerra, Israel e o Hamas só chegaram a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos.
Além disso, quatro reféns foram libertados pelo Hamas em outubro, três foram resgatados pelo Exército -- dois deles há algumas semanas numa operação bem-sucedida em Rafah -, enquanto os corpos de 17 foram recuperados, três dos quais foram mortos por engano pelas tropas israelitas.
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