Os Estados Unidos avisaram Israel, esta quarta-feira, para não reterem fundos destinados à Autoridade Palestiniana, no âmbito do novo passo que foi dado hoje pela Europa.
O aviso foi feito depois de a Irlanda, Noruega e Espanha terem anunciado que vão reconhecer a palestina como Estado a 28 de maio.
Após o anúncio o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu criticou os países em causa, referindo que este reconhecimento é "uma recompensa pelo terrorismo", em alusão aos grupos armados palestinianos, e que "não trará a paz" à região.
Também o ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, apontou o dedo a estas nações, exigindo duras medidas punitivas". Citado pela jornal The Times of Israel, Smotrich anunciou que vai cortar a transferência de fundos fiscais para o órgão administrativo palestiniano - o que levou Washington a reagir.
"Penso que é errado do ponto de vista estratégico, porque a retenção de fundos desestabiliza a Cisjordânia, prejudica a procura de segurança e prosperidade para o povo palestiniano, o que é do interesse de Israel, e penso que é errado reter fundos que fornecem bens e serviços básicos a pessoas inocentes", disse aos jornalistas o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
Entre outras reações, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já falou sobre o assunto, apontando que um eventual reconhecimento português não é para já. "A posição de Portugal - que não é do Governo, ou Parlamento ou do Presidente, mas de Portugal como um todo - é a de entender que não é este o momento adequado para dar esse passo. Quando for adequado, será adequado", explicou aos jornalistas, em Roma, Itália.
Leia Também: Israel convoca embaixadora espanhola. "Deram uma medalha ao Hamas"