As forças ucranianas estão na defensiva desde o fracasso da contraofensiva e têm falta de soldados e armas, uma situação agravada pelos repetidos atrasos na ajuda militar prometida pelo Ocidente, incluindo dos Estados Unidos.
"As unidades do Grupo Sul, após operações ativas, libertaram a localidade de Klishchiivka", declarou o Ministério da Defesa russo, citado pela agência francesa AFP.
A localidade de Klishchiivka, na região de Donetsk, situa-se a cerca de cinco quilómetros a sul de Bakhmut, uma cidade destruída pelos combates conquistada pela Rússia em maio de 2023, após uma batalha de 10 meses.
Kyiv anunciou a reconquista de Klishchiivka em setembro de 2023, durante a contraofensiva para romper a linha da frente a leste e a sul, com a ajuda de armas ocidentais, mas que foi repelida pelas defesas russas.
As tropas russas recuperaram a iniciativa e têm estado a avançar lentamente na frente oriental, onde obtiveram sucessos táticos e tomaram uma série de cidades, incluindo a cidade-fortaleza de Avdiivka, em fevereiro.
Em 15 de maio, Moscovo afirmou também ter recapturado Robotine, no sul, uma cidade completamente destruída e simbólica por ter sido também uma das poucas a voltar ao controlo ucraniano durante a contraofensiva.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na terça-feira à noite que os combates mais duros estavam a ocorrer principalmente na região de Donetsk.
Desde 10 de maio, o enfraquecido exército ucraniano teve também de enfrentar uma ofensiva russa na região de Kharkiv (nordeste), para a qual teve de enviar reforços.
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na semana passada que a ofensiva em Kharkiv visava criar uma "zona tampão" no território ucraniano para pôr fim aos ataques às zonas fronteiriças russas.
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