Os voos comerciais estão suspensos desde terça-feira devido aos tumultos registados no território francês do Pacífico Sul.
O anúncio de hoje foi feito apesar dos muitos apelos apresentados pela Austrália e, sobretudo, pela Nova Zelândia, que querem fazer sair do território os seus cidadãos.
O território é palco, há uma semana, de violência numa escala inédita há 40 anos, em reação a uma reforma do órgão eleitoral criticada pelos apoiantes da independência.
A crise teve início quando foi apresentado um novo projeto de lei adotado em Paris que determina que residentes franceses que vivem no arquipélago há 10 anos passam a poder votar nas eleições locais.
Os líderes políticos locais temem que as forças da Nova Caledónia fiquem enfraquecidas com a nova medida.
Os motins que se seguiram já causaram a morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo dois polícias, e centenas de feridos, segundo as autoridades.
O primeiro-ministro australiano disse hoje que a situação na Nova Caledónia é "realmente preocupante" e adiantou que a Força Aérea Australiana está pronta a intervir para os mais de 300 cidadãos do país que se encontram naquele território do Pacífico Sul.
Dois turistas australianos disseram à agência de notícias France-Presse que estavam retidos desde terça-feira na Nova Caledónia, num complexo hoteleiro a meio caminho entre a capital Numea e o aeroporto, e que estavam prestes a ficar sem comida, já que as estradas bloqueadas.
As duas companhias aéreas que funcionam no território, a Aircalin e a Air Calédonie, estão a fornecer alojamento a alguns dos retidos em Nova Caledónia, ma já avisaram que "não podem fazer isso para sempre".
O Governo local detém 99% da Aircalin e 50,3% da Air Calédonie.
Leia Também: Austrália tenta retirar cerca de 300 cidadãos da Nova Caledónia