Borrell contra participação da UE na tomada de posse de Putin

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) está contra a participação de Estados-membros na tomada de posse do Presidente russo, na terça-feira em Moscovo, embora uma decisão final conjunta ainda não tenha sido tomada, foi hoje anunciado.

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Lusa
06/05/2024 18:26 ‧ 06/05/2024 por Lusa

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Borrell

"Posso confirmar que o convite enviado pelo Kremlin [Presidência russa] para a tomada de posse de Putin para amanhã [terça-feira] chegou também aos nossos Estados-membros da UE e à delegação da UE em Moscovo. Estamos atualmente a discutir com os Estados-membros como a UE irá responder a esse convite [dado que] o nosso objetivo é sempre ter uma abordagem coordenada, sempre que possível, em matéria de política externa", disse o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano.

Em esclarecimentos na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, o porta-voz ressalvou que "a decisão final ainda não foi tomada" sobre esse mesmo convite, mas revelou que o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política Externa, Josep Borrell "é contra a participação da UE neste evento em Moscovo" na terça-feira.

Os esclarecimentos surgem na véspera de Vladimir Putin tomar posse para um quinto mandado à frente da Presidência russa.

Alguns Estados-membros da UE já indicaram que não participarão na cerimónia, como é o caso de Itália, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, indicou a rejeição do convite num contexto em que o governo de Giorgia Meloni tenta manter a distância em relação às autoridades russas.

Existem, porém, países europeus que continuam a manter estreitas relações com a Rússia, como é o caso da Hungria.

A invasão militar pela Rússia da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Borrell defende fundos europeus para indústria militar de Kyiv

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