Ministério Público alemão avança com processo contra eurodeputado da AfD
O Ministério Público de Dresden, no leste da Alemanha, instaurou um processo preliminar contra Maximilian Krah, eurodeputado do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), por alegados contactos suspeitos com Rússia e China.
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Mundo Alemanha
O Ministério Público confirmou à imprensa alemã ter instaurado um processo preliminar contra Krah para analisar se há fundamento sobre a suspeita de subornos por um ou ambos os Estados e, assim, posteriormente abrir um processo judicial, para o qual o Parlamento Europeu teria primeiro de levantar a sua imunidade.
As investigações estão relacionadas com um assessor de Krah que foi detido na segunda-feira sob a acusação de servir de agente de espionagem chinesa após ter alegadamente fornecido informações a Pequim sobre opositores chineses e sobre assuntos relacionados com o Parlamento Europeu.
O próprio Krah, que negou todas as acusações, é vice-presidente do Grupo de Amizade UE-China e votou contra as moções críticas a Pequim.
Entretanto, Krah e o seu número dois, Petr Bystrom, estão há semanas implicados em alegações de que receberam pagamentos de um portal da Internet ligado a um oligarca próximo do Kremlin, em troca da divulgação de posições pró-russas.
Alice Weidel e Tino Chrupalla, líderes da AfD, decidiram hoje não retirar o seu apoio a Krah como cabeça-de-lista às eleições europeias de junho, mas pediram limitação quanto a aparições públicas e nas redes sociais.
Foi comunicado que Krah decidiu "não participar no lançamento da campanha em Donaueschingen, para não prejudicar a campanha e a reputação do partido", numa referência à iniciativa da ultradireita agendada para sábado.
De acordo com as últimas sondagens sobre as eleições de junho, os principais favoritos são os democratas-cristãos (29%), enquanto a AfD e os sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz estão praticamente empatados com 16%.
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