Quase 100 presos políticos na Bielorrússia podem estar à beira da morte

Quase 100 presos políticos na Bielorrússia, encarcerados numa severa repressão à dissidência, têm graves problemas de saúde e podem estar à beira da morte, anunciou hoje o respeitado grupo de direitos humanos do país Viasna.

bielorrússia, bandeira

© ShutterStock

Lusa
22/04/2024 20:25 ‧ 22/04/2024 por Lusa

Mundo

Viasna

O Viasna, cujo fundador e vencedor do Nobel da Paz Ales Bialiatski está entre os detidos, identificou 93 prisioneiros de particular preocupação, que sofrem de cancro, doença cardíaca e outras situações que têm sido negligenciadas ou deficientemente tratadas atrás das grades.

"Em cativeiro, todas as doenças progridem mais rapidamente, com a agravante da falta de cuidados médicos", disse o representante do Viasna Pavel Sapelka.

"Isto é influenciado pelas condições da detenção -- falta de ar fresco, má nutrição, constante pressão psicológica e stress", acrescentou.

A Bielorrússia iniciou uma dura repressão contra a oposição após grandes protestos se terem alastrado a todo o país, na sequência das eleições de agosto de 2020, cujos contestados resultados deram ao autoritário Presidente Alexander Lukashenko um sexto mandato

Os ativistas pelos direitos humanos contam cerca de 35.000 pessoas detidas na repressão, muitas das quais foram espancadas pela polícia.

Todas as figuras significativas da oposição foram detidas ou abandonaram o país.

O Viasna afirma que 1.400 presos políticos estão atualmente atrás das grades.

Entre os casos citados pelo Viasna no relatório está Maria Kolesnikova, que foi uma das mais proeminentes líderes dos protestos pós-eleitorais.

Foi submetida a uma cirurgia abdominal, mas foi rapidamente transportada de novo para a prisão.

O Viasna afirma que as necessidades de dieta não são cumpridas e que a investigação revelou que foi espancada antes de ser hospitalizada.

Outros casos identificados incluem o jovem de 19 anos Mikita Zalatarou, que reportou terem-lhe sido negados comprimidos para controlar a epilepsia, e Yauhen Barouski, que disse à família quando estava doente: "provavelmente vou morrer aqui".

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