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Saiu do Reino Unido para umas férias em África. Está lá retido há 16 anos

"Há 16 anos que choro pela perda do meu filho", disse a mãe do refugiado. A mulher garantiu que a família quer "o Ministério do Interior o traga de volta" a Bristol, em Inglaterra, onde moram.

Saiu do Reino Unido para umas férias em África. Está lá retido há 16 anos
Notícias ao Minuto

15:59 - 22/04/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Inglaterra

Um homem refugiado deixou o Reino Unido, em 2008, para passar férias no Djibuti, na África Oriental. No entanto, não conseguiu regressar ao país e permanece retido no continente africano há 16 anos, porque perdeu os documentos que comprovavam que tinha estatuto de refugiado e o Ministério do Interior britânico não tinha os seus dados armazenados.

Saleh Ahmed Handule Ali chegou ao Reino Unido, em abril de 2000, vindo da Somália quando tinha apenas nove anos. O jovem viajou, juntamente com a mãe e os dois irmãos mais novos, para viver com o pai que já tinha obtido estatuto de refugiado do governo do Reino Unido. De acordo com o The Guardian, toda a família acabou depois por ser reconhecida como refugiada pelo Ministério do Interior.

Assim, Saleh Ali recebeu em 2004 um documento para viajar sob a convenção dos refugiados que era válida por 10 anos.

Em 2008, o jovem refugiado foi diagnosticado com tuberculose e em dezembro do mesmo ano decidiu ir passar férias ao Djibuti, na esperança que o clima quente ajudasse na sua recuperação. Pouco tempo depois de chegar ao país, Saleh perdeu os documentos e não conseguiu voltar para junto da família, que mora em Bristol, Inglaterra.

Como no Djibuti não existia embaixada britânica, o jovem conseguiu passar a fronteira e chegar à Etiópia. Saleh Ali pediu, pelo menos duas vezes, ajuda na embaixada, mas sem sucesso. Mais tarde acabou por se apurar que o Ministério Interior de Inglaterra não tinha registo na base de dados de que tinha concedido ao jovem o estatuto de refugiado por tempo indeterminado. 

A família entrou com uma ação judicial para tentar trazê-lo de regresso a Inglaterra. A justiça negou o pedido, e recusou todos os recursos interpostos pela família. 

"Há 16 anos que choro pela perda do meu filho", disse a mãe, Shamis Dirya. An mulher garantiu que a família quer "o Ministério do Interior o traga de volta", mas que não têm sido ouvidos. "Ele não tem telefone há três meses, então tem sido difícil falar com ele. Às vezes nem sabemos se ele está vivo", afirmou ainda. 

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