Israel saúda adoção pela UE de novas sanções contra o Irão

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, saudou hoje a adoção pela União Europeia (UE) de novas sanções contra o Irão, após o ataque do passado fim de semana com mais de 300 'drones' e mísseis.

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© JOHANNES EISELE/AFP via Getty Images

Lusa
18/04/2024 09:17 ‧ 18/04/2024 por Lusa

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Israel

"Felicito os países da UE pela decisão de impor sanções ao Irão. Este é um passo importante no caminho da retirada dos dentes da serpente. Obrigado a todos os nossos amigos pelo seu apoio e assistência", disse Katz.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, anunciou na terça-feira que a União Europeia está a ponderar expandir as sanções contra o Irão para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa, no final de uma reunião ministerial por videoconferência, convocada de urgência na véspera de um Conselho Europeu, agendado para quarta e hoje em Bruxelas.

Borrell referiu que durante a reunião foi proposta a expansão do regime de sanções contra o Irão, que já existe por causa da disponibilização de 'drones' (aeronaves sem tripulação) à Rússia, e incluir os mísseis que Teerão eventualmente venda a Moscovo e a "'proxies' na região", em particular milícias que têm ligações ao Governo iraniano.

"Enviarei o pedido ao Serviço Europeu de Ação Externa para iniciar o trabalho necessário relacionado com as sanções", disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em conferência de imprensa na terça-feira.

Por seu lado, os Estados Unidos, grande aliado de Israel, também alertou na quarta-feira que vai impor novas medidas de sanções ao Irão "nos próximos dias".

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Leia Também: MNE israelita avisa que o país vai reagir se for atacado pelo Irão

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