Medvedev compara tensão no Médio Oriente com Ucrânia: "Qual a diferença?"

Dmitry Medvedev acusou os EUA de tentarem "convencer toda a gente a manter a calma" sobre a tensão no Médio Oriente, mas continuar a "investir" no conflito da Ucrânia.

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© YEKATERINA SHTUKINA/SPUTNIK/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
14/04/2024 23:32 ‧ 14/04/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, acusou este domingo os Estados Unidos de tentarem "convencer toda a gente a manter a calma" sobre a tensão no Médio Oriente, mas continuar a "investir" no conflito da Ucrânia por "não se importarem" com as vidas russas. 

"Do ponto de vista de Washington, qual é a diferença entre o que aconteceu no Médio Oriente e os acontecimentos na 'Ucrânia'?", começou por questionar numa publicação na rede social X.

Medvedev acrescentou que "Washington não quer uma grande guerra no Médio Oriente" e "está a tentar manter o equilíbrio regional", convencendo "toda a gente a manter a calma".

"As mortes em Gaza diminuem as perspetivas de [Joe] Biden nas eleições, uma guerra entre Israel e o Irão traz mais incerteza", considerou, lamentando que os Estados Unidos "não se importem nada" quando "às pessoas que morrem" no conflito russo-ucraniano.

"Quanto mais, melhor, de qualquer perspectiva. Trata-se, como dizem os responsáveis americanos, de ‘investimentos’. E eles continuam a investir…", atirou.

Sublinhe-se que o Irão lançou, ao final da noite de sábado, um ataque com 'drones' contra Israel "a partir do seu território". Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

O ataque tem sido condenado pela comunidade internacional e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou na noite dos ataques que o compromisso do país "com a segurança de Israel contra as ameaças do Irão e dos seus aliados é férreo".

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

Leia Também: França reforça segurança em escolas judaicas e locais de culto

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