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Estados Unidos proíbem importação de metais russos

O Governo norte-americano proibiu hoje a importação para os Estados Unidos de alumínio, cobre e níquel de origem russa, como parte de sanções adicionais adotadas com o Reino Unido e que visam reduzir as receitas de Moscovo.

Estados Unidos proíbem importação de metais russos
Notícias ao Minuto

06:30 - 13/04/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Esta nova ação proíbe a importação de alumínio, cobre e níquel de origem russa para os Estados Unidos e limita o uso de alumínio, cobre e níquel de origem russa no metal global e no comércio não regulado", sublinhou o Departamento de Tesouro dos EUA, em comunicado.

Os metais são o principal produto de exportação da Rússia depois da energia, embora o seu valor tenha diminuído desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, apontou o Governo britânico, num comunicado separado.

As exportações, de 25 mil milhões de dólares em 2022, caíram para 15 mil milhões de dólares em 2023 "devido aos esforços do G7 e dos seus aliados para restringir o mercado", detalharam os britânicos.

As medidas tomadas hoje visam reduzir ainda mais as receitas que a Rússia obtém com as suas exportações de alumínio, cobre e níquel, na sequência das sanções do Ocidente a Moscovo devido à invasão russa da Ucrânia.

"Ao tomarem medidas conjuntas, os Estados Unidos e o Reino Unido estão a privar a Rússia e os seus produtores de metal de uma importante fonte de rendimento", lembrou o Tesouro norte-americano.

Além de proibir a importação destes metais para os Estados Unidos, os dois países também tomaram medidas para limitar o comércio destes metais nos mercados mundiais.

"As bolsas de metais, como a London Metal Exchange (LME) e a Chicago Mercantile Exchange (CME), não poderão aceitar alumínio, cobre e níquel produzidos pela Rússia. As bolsas de metais desempenham um papel central na facilitação do comércio de metais industriais em todo o mundo", frisou o Tesouro.

Estas medidas entram em vigor a partir de sábado.

Para a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, as mais recentes sanções visam "as receitas que a Rússia pode obter para continuar a sua guerra brutal contra a Ucrânia".

"Ao tomarmos este passo de forma direcionada e responsável, reduziremos as receitas da Rússia e, ao mesmo tempo, protegeremos os nossos parceiros e aliados de consequências indesejadas", realçou, citada na nota de imprensa.

Jeremy Hunt, ministro das Finanças do Reino Unido, sublinhou, por sua vez, que "é mais fácil neutralizar a capacidade de Putin de travar a sua guerra ilegal na Ucrânia" quando os aliados atuam lado a lado.

"A nossa ação decisiva com os Estados Unidos para proibir conjuntamente os metais russos das duas maiores bolsas impedirá o Kremlin de injetar mais dinheiro na sua máquina de guerra", assegurou.

Moscovo lançou uma ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 22, que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Um dos maiores 'traidores' dos EUA foi condenado a 15 anos por espionagem

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