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Um dos maiores 'traidores' dos EUA foi condenado a 15 anos por espionagem

O colombiano, hoje com 73 anos, referiu-se aos Estados Unidos como "o inimigo", numa conversa com um agente infiltrado do FBI. Victor Rocha terá espiado para Cuba mais de quatro décadas.

Um dos maiores 'traidores' dos EUA foi condenado a 15 anos por espionagem
Notícias ao Minuto

00:07 - 13/04/24 por Teresa Banha

Mundo EUA

Um antigo embaixador dos Estados Unidos foi condenado a 15 anos de prisão, na sexta-feira, depois de ter sido acusado de espiar para os serviços de Cuba.

Em causa está Victor Manuel Rocha, ex-embaixador na Bolívia que, em dezembro passado, foi indiciado por suspeitas e espionagem para os serviços secretos cubanos durante mais de 40 anos. Em fevereiro, o ex-diplomata, de 73 anos, declarou-se inocente, mas no mês seguinte admitiu a culpa.

Segundo as publicações norte-americanas, os procuradores do caso descreveram esta situação como uma das mais longas traições da História ao governo dos Estados Unidos.

Rocha conseguiu um acordo com a justiça, que inclui a restituição a potenciais vítimas, assim como uma possível desnaturalização.

A imprensa norte-americana adianta ainda que pouco se sabe sobre o que Rocha poderá ter feito para ajudar o regime comunista ou como pode ter influenciado as políticas norte-americanas enquanto trabalhou para o Departamento de Estado - durante vinte anos. O homem, hoje com 73 anos, terá tido acesso a informação privilegiada, que o terá sido uma mais valia para Cuba.

O procurador-geral, Merrick Garland, descreveu o caso como "uma das infiltrações de maior alcance e mais duradouras no governo dos EUA por um agente estrangeiro".

Mas quem é este homem e o que fez ao "inimigo"?

As acusações contra Rocha são contra aquilo que se chama um agente estrangeiro. O homem nasceu na Colômbia, em 1950, mas mudou-se para Nova Iorque com dez anos. Segundo as investigações, Rocha terá sido recrutado por Cuba em 1973, depois se formar na Universidade de Yale.

Em 1978, obteve a nacionalidade norte-americana e começou a trabalhar para o Estado em 1981, com vários cargos na América Latina. Rocha também terá tido um papel influente durante a administração de Bill Clinton. A sua carreira terminou em 2002, depois de ter sido embaixador na Bolívia.

Mas para além de se saber pouco como este pode ter influenciado os EUA, é também desconhecido como é que o FBI descobriu esta espionagem. Segundo a CBS News, terá sido através de uma denúncia anónima.

Segundo conta a publicação, um agente enviou uma mensagem ao ex-diplomata. "Sei que tem sido um grande amigo nosso desde a sua estadia no Chile", terá ainda dito o agente infiltrado. Conversas entre os dois terão acontecido e, durante as mesmas, Rocha ter-se-á referido aos Estados unidos como "o inimigo" e dito que "o que fizemos" foi "enorme".

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