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Ucrânia com embaixada na Costa do Marfim para contrariar influência russa
A Ucrânia inaugurou hoje uma embaixada na Costa do Marfim, após abrir outra na República Democrática do Congo (RDCongo) na quarta-feira, na tentativa de contrariar a influência russa em África.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
O vice-ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Maksym Soubkh, inaugurou esta representação diplomática no bairro de Cocody, na capital económica da Costa do Marfim, Abidjan, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
"Uma nova e brilhante página está a ser escrita na nova história das relações da Ucrânia com África e com a Costa do Marfim", afirmou o governante no discurso de inauguração, enviado à AFP.
Esta inauguração é o "resultado prático bem-sucedido das instruções do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para alargar a presença diplomática da Ucrânia em África", acrescentou.
"Consideramos a Costa do Marfim como um dos parceiros comerciais mais promissores da Ucrânia na África subsariana" e "um dos líderes da região da África Ocidental", continuou.
Numa tentativa de contrariar a influência da Rússia e "reavivar" as suas relações com África, a Ucrânia planeia abrir várias outras embaixadas no continente.
A embaixada ucraniana na RDCongo foi inaugurada quarta-feira, em Kinshasa, por Maksym Soubkh, confirmou à AFP o Ministério dos Negócios Estrangeiros congolês.
Por seu lado, Wautabouna Ouattara, ministro delegado dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim, responsável pela integração africana e pelos marfinenses residentes no estrangeiro, considerou que esta inauguração em Abidjan "ilustra a qualidade dos laços e da cooperação que unem os dois países desde o início das suas relações diplomáticas, em 1992".
"Continuo convencido de que esta nova etapa das nossas relações diplomáticas dará um impulso à nossa cooperação, tendo em conta o enorme potencial e os múltiplos trunfos dos nossos dois países", acrescentou.
Ouattara reiterou "a lealdade da Costa do Marfim aos princípios de respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia", país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022, e manifestou a esperança de que "esta guerra termine rapidamente" e que a paz regresse à região.
Soubkh realçou que "aprecia muito o apoio da Costa do Marfim à soberania e integridade territorial da Ucrânia, nomeadamente votando a favor das principais resoluções das Nações Unidas sobre a invasão russa em grande escala".
"Esta guerra pode parecer muito longínqua. Mas o aumento catastrófico dos preços dos alimentos já afetou a vida de milhões de famílias africanas", afirmou.
Leia Também: Força Aérea de Kyiv pede 25 sistemas Patriot para travar bombardeamentos
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