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Opositor morre baleado na Etiópia após ser detido pelo governo

Um opositor etíope, Bate Urgessa, foi encontrado morto, baleado, poucas horas depois de ter sido detido pelas forças governamentais no centro do país, anunciou o seu partido, a Frente de Libertação Oromo (OLF).

Opositor morre baleado na Etiópia após ser detido pelo governo
Notícias ao Minuto

14:50 - 10/04/24 por Lusa

Mundo Etiópia

Bate Urgessa, de 41 anos, foi libertado sob fiança há apenas um mês, após 15 dias de detenção em Adis Abeba, na companhia do jornalista francês, Antoine Galindo, sendo os dois homens acusados de "conspirar" com grupos armados para "criar o caos" na Etiópia.

Na terça-feira, por volta das 17:00, "Bate foi detido pelas forças governamentais (...) num hotel em Meki" e depois "levado imediatamente para um centro de detenção" no estado regional de Oromia, explicou à agência de notícias France-Presse (AFP), o porta-voz do OLF, partido da oposição legalmente registado, Lemi Gemechu.

"A família confirmou que ele foi encontrado morto numa estrada (...) nos subúrbios de Meki", cidade natal da vítima, na manhã de hoje, por volta das 9h00, e os seus familiares informaram que "foi baleado e morto", disse Gemechu, sem mais detalhes sobre as circunstâncias da sua morte.

A Comissão Etíope de Direitos Humanos (EHRC) "pede uma investigação rápida, imparcial e exaustiva" sobre a morte de Urgessa, "para que os responsáveis sejam responsabilizados", reagiu na rede social X (antigo Twitter) Daniel Bekele, chefe desta instituição pública, mas estatutariamente independente.

Bate era um declarado crítico do Governo e passou por diversas ocasiões em prisões etíopes, quer durante o antigo executivo de coligação EPRDF (1991-2018), quer sob o do atual primeiro-ministro, Abiy Ahmed, que o sucedeu.

O opositor foi líder do OLF, grupo que travou em tempos uma guerra de guerrilha contra o Governo federal da Etiópia, alegando lutar por mais direitos para o povo Oromo, o maior grupo étnico do país.

Apesar de terem assinado um acordo de paz com o Governo em 2018, parte do seu braço armado, o Exército de Libertação Oromo, continuou a luta e intensificou os esforços contra o exército nos últimos meses.

Leia Também: Somália expulsa embaixador etíope e encerra dois consulados no país

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