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"Pacóvio que a 1.ª medida seja uma manifestação de patriotismo saloio"

Para além daquela que foi a primeira medida do Executivo de Montenegro, Miguel Sousa Tavares criticou ainda a atitude do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, em Bruxelas, que se "ergueu" como se Portugal fosse "um gigante em política externa".

"Pacóvio que a 1.ª medida seja uma manifestação de patriotismo saloio"
Notícias ao Minuto

11:35 - 05/04/24 por Notícias ao Minuto

Política Miguel Sousa Tavares

A mudança do logótipo do Governo, primeira medida a que o Executivo liderado por Luís Montenegro deu ‘luz verde’, continua a dar que falar.

A alteração, que foi uma promessa feita pelo social-democrata, tem vindo a ser na sua maioria alvo de críticas, a que se juntou, na quinta-feira, Miguel Sousa Tavares.

"É uma manifestação de saloísmo voltarmos ao símbolo da República, com as quinas, com os castelos, com os brasões. Só falta mesmo o castelo de Guimarães, o galo de Barcelos e o Santuário de Fátima", considerou, no seu espaço de comentário na CNN Portugal.

Confrontado com o facto de ter sido uma promessa cumprida, Sousa Tavares apontou: "Montenegro representa 29% dos portugueses. Isto [símbolo antigo], pelo menos, foi escolhido por um Governo que representava 52%. E é mais bonito".

O comentador afirmou que era "pacóvio que a primeira medida seja uma manifestação de patriotismo saloio", e foi mais longe: "Acho ridículo".

Mas esta não foi a única crítica deixada por Sousa Tavares, apontando também o dedo a ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que já na quinta-feira, em Bruxelas, criticou aquilo que considerou "algumas hesitações" do anterior Executivo.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros criticou hoje "algumas hesitações" do anterior Governo sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) e considerou que com o executivo de Montenegro deixou de haver ambiguidades.

Lusa | 14:07 - 04/04/2024

Sousa Tavares considerou que Rangel se "ergueu como um gigante", como se Portugal fosse "um gigante de política externa", a "declarar já que agora não vai haver ambiguidades, que Portugal quer imediatamente a Ucrânia na União Europeia" e também a quer Kyiv na Aliança Atlântica. "Se a Ucrânia entrar já para a NATO, ativa-se artigo quinto da NATO, o que significa que qualquer país deve ir em ajuda da Ucrânia. Portanto, temos uma guerra já com a Rússia. Não sei se ele mediu bem aquilo que queria dizer", afirmou.

Para além da "bravata" com que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros começou, Sousa Tavares ‘alargou’ a sua análise para um balanço destas primeiras 48 horas, dizendo: "Não estava à espera que fosse brilhante, mas escusavam de ter entrado com estes sinais. Calma, meus senhores. Vocês vão ter de governar dificilmente, com acordos, na corda bamba e geometria variável a todo o tempo", considerou.

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