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Pelo menos onze mortos em Madagáscar devido ao ciclone Gamane

Pelo menos 11 pessoas morreram, duas estão desaparecidas e mais de 7.000 foram afetadas nas últimas 24 horas, em Madagáscar, pelo ciclone Gamane, informou hoje o Gabinete Nacional de Gestão dos Riscos e Catástrofes (BNGRC, na sigla em francês).

Pelo menos onze mortos em Madagáscar devido ao ciclone Gamane
Notícias ao Minuto

13:52 - 28/03/24 por Lusa

Mundo Madagáscar

Os serviços meteorológicos admitiam que o ciclone passasse apenas ao largo da ilha africana, mas este mudou de rota e atingiu o norte da nação insular na quarta-feira, com ventos fortes que derrubaram árvores e torrentes de água que atingiram as aldeias onde as casas foram arrastadas.

O ciclone Gamane enfraqueceu nas últimas horas, mas é pouco provável que abandone a costa malgaxe antes de sexta-feira, segundo os serviços meteorológicos.

O impacto atingiu três regiões com particular intensidade: Analanjirofo (seis mortos), Sava (cinco) e Diana, onde, até à data, não foram registadas mortes.

Com a subida do nível das águas, alguns habitantes destas zonas refugiaram-se em telhados e árvores, com medo de serem arrastados pelas cheias, à espera de serem resgatados pelas autoridades.

Numa conferência de imprensa realizada na quarta-feira, o diretor-geral do BNGRC, Elack Olivier Andriakaja, afirmou que "uma grande parte da população afetada pela tempestade recusou ser transferida para os campos (de socorro) e preferiu ser acolhida por familiares".

Madagáscar tem habitualmente uma estação anual de tempestades tropicais que dura de outubro a abril e que, por vezes, provoca grandes perdas de vidas e danos materiais.

No ano passado, o ciclone tropical Freddy causou mais de 600 mortes em Madagáscar, no Malawi, e em Moçambique, ao atingir estes países por duas vezes, em fevereiro e março, segundo a ONU.

Organizações como a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho apelaram então à União Africana e à União Europeia para que "invistam urgentemente em ações locais para combater os efeitos da crise climática" em Madagáscar e noutras partes de África.

Leia Também: Madagáscar. ONG pede suspensão da lei de castração de violadores

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